O Curso de Engenharia de Petróleo da Universidade Santa Cecília (Unisanta) recebeu a excelente nota 4 (numa escala de 0 a 5) durante o processo de reconhecimento realizado, em fevereiro, pela Comissão de Avaliação do Ministério da Educação (MEC).
Foram consideradas quatro grandes dimensões: Organização Didático-Pedagógica; Corpo Docente; Infraestrutura e Requisitos Legais e Normativos.
A primeira área incluiu os subtemas Plano de Desenvolvimento Institucional, Projeto Pedagógico do Curso e Diretrizes Curriculares Nacionais.
Vários itens desses subtemas receberam o conceito máximo (5), como os conteúdos curriculares do curso; a qualidade dos trabalhos de conclusão – considerada excepcional -; as tecnologias de informação e comunicação utilizadas no processo ensino-aprendizagem; o contexto educacional, além do perfil profissional “que expressa de modo excelente as competências do egresso”.
O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) também foi alvo de elogios dos avaliadores por estar voltado às necessidades de qualificação exigidas pelo mercado de trabalho nessa área. “Verifica-se que o PPC contempla de forma excelente às demandas efetivas de natureza econômica e social da região, especialmente em face da quantidade de indústrias químicas e petroquímicas instaladas na Baixada Santista e a limitação de acesso à mão de obra especializada”.
De acordo com o relatório conclusivo, “as políticas institucionais de ensino, de extensão e pesquisa estão muito bem implantadas e o projeto pedagógico reflete uma preocupação efetiva com a qualidade”.
Ainda como parte da primeira dimensão avaliada, destaque para o modo como a instituição trata os assuntos ligados ao estágio curricular supervisionado. Conforme observaram os avaliadores, “essa área encontra-se devidamente regulamentada e atende muito bem aos aspectos de carga horária, existência de convênios, formas de apresentação, orientação, supervisão e coordenação”.
Corpo Docente – Receberam o conceito máximo (5) os itens Atuação do Núcleo Docente Estruturante; Atuação e Experiência Profissional (de magistério superior e de gestão acadêmica) do coordenador; e Titulação do Corpo Docente do curso.
Segundo o MEC, a titulação do corpo docente é excelente, pois “boa parte deles é de profissionais experientes nas suas respectivas áreas”. Os membros do ministério também ressaltaram o fato de haver apoio institucional para a titulação de mestrado e doutorado, inclusive por meio de convênios firmados com outras instituições a fim de possibilitar a titulação dos docentes.
Referência em infraestrutura – A comissão ressaltou o desempenho da coordenação do curso em obter para os laboratórios softwares específicos e atualizados, mediante parcerias firmadas com empresas ligadas ao ramo petrolífero.
Esse diferencial, além da diversidade de laboratórios oferecidos também levaram os representantes do MEC a qualificar como excelentes as condições de infraestrutura do curso. “A qualidade dos laboratórios e a articulação entre a teoria e a prática são outras características exemplares da Universidade”.
Ainda sobre infraestrutura, o relatório aponta os laboratórios do curso como modelo para outros cursos do Brasil. “Os laboratórios de práticas experimentais, tanto comuns (Química, Física, Materiais), quanto os específicos (Operações Unitárias, Minirrefinaria, Geologia, Ecotoxicologia, entre outros) são excepcionais e constituem uma referência para universidades de todo o País.
Sobre o curso de Engenharia de Petróleo – O Curso de Engenharia de Petróleo da Unisanta teve como embrião a Especialização em Engenharia de Petróleo ministrada em parceria com a Petrobras. Como diferencial, em 2008, a Unisanta inaugurou o Laboratório de Engenharia de Petróleo, que abriga a Minirrefinaria da Petrobras, única do País em operação.
Na unidade é possível visualizar todas as etapas de processamento do petróleo. Os alunos possuem ainda uma bancada didática para petróleo, com quatro módulos, projetada no Laboratório de Operações Unitárias.
Outros ambientes que integram o Parque Tecnológico da Faculdade de Engenharia, que teve seu primeiro curso criado em 1971, também contribuem para uma formação em sintonia com as necessidades do mercado de trabalho.
Em 2010, foi montado outro importante recurso didático: o Laboratório de Simulação, Exploração, Produção e Processamento de Petróleo, equipado com aplicativos computacionais de uso rotineiro na indústria mundial de petróleo, numa parceria com a Schlumberger – empresa líder mundial em tecnologia, soluções integradas de gerenciamento de projetos e informações para a indústria mundial de petróleo e gás.
O curso está localizado numa área de grande produção de petróleo e gás natural no País (Bacia de Santos), e com potencial projetado de crescimento constante, já que tal bacia abriga parte das recentes descobertas da chamada camada do Pré-Sal. Além disso, em Cubatão encontra-se localizada uma refinaria da Petrobras, a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), além de várias indústrias ligadas à cadeia do Petróleo e Gás Natural.
Em relação à inserção nacional e internacional, diversos docentes do curso possuem parcerias de trabalho com outras instituições, em especial em nível de pós-graduação, além de alunos do curso terem sido selecionados pelo programa Ciência sem Fronteiras, do Governo Federal, para estudar como bolsistas no exterior.