O crânio, que mede 2,55 metros, foi doado por pescadores de Itanhaém
Nesta sexta-feira (3/8), o Acervo Zoológico da Universidade Santa Cecília (AZUSC- Unisanta) recebeu o primeiro crânio da espécie Baleia de Bryde da Baixada Santista. A nova aquisição é uma fonte de dados para pesquisadores e uma importante ferramenta para educação ambiental, já que a espécie está ameaçada de extinção.
O curador do Acervo, Matheus Marcos Rotundo, conta que a Baleia de Bryde foi caçada em todo o mundo. “No Brasil, capturas para fins comerciais ocorreram na região de Cabo Frio, Rio de Janeiro, e costa nordeste. Este tipo de caça continuou até 1986, quando a Comissão Internacional da Baleia (CIB) decretou o fim da caça comercial do crustáceo. Atualmente, capturas acidentais em redes de pesca e a degradação do habitat constituem as principais ameaças. Um relato da degradação de seu habitat ocorreu em janeiro de 1983, quando um macho foi encontrado na Baía da Guanabara, Rio de Janeiro. Seus pulmões e estômago estavam cheios de óleo”.
A Bryde é a única baleia que não realiza grandes migrações, podendo permanecer na mesma área durante todo o ano, realizando grandes deslocamentos no sentido costa-mar. “Na costa brasileira, elas podem ser vistas no Rio Grande do Sul até o Nordeste. Em outras partes do mundo são vistas em regiões próximas ao Japão, Peru, Venezuela, África do Sul e no Golfo da Califórnia”, explica Matheus.
O Acervo é aberto à visitação e seu horário de funcionamento é das 9h à 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira. As visitas são gratuitas.