Equipamentos eficientes e conhecidos mundialmente, os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT’s) são objeto de pesquisa do Projeto Albatroz Aerodesign que está pré-incubado no Núcleo de Inovação, Negócios e Empreendedorismo (NINE) da Universidade Santa Cecília (Unisanta). A Unisanta é a única instituição particular do Brasil a desenvolver projetos desse tipo.
A cargo do pesquisador Floriano Peixoto Borges dos Santos, o Albatroz tem como objetivo projetar, construir e operar os VANT’s exclusivamente para fins pacíficos, entre eles, o monitoramento ambiental, busca e salvamento, coberturas jornalísticas, monitoramento de redes de alta tensão e geoprocessamento. Os veículos são utilizados há anos para executar missões de todos os tipos, principalmente militares. Esse tipo de aeronave evita colocar em risco vidas humanas que estariam tripulando aviões convencionais.
Os VANT’s utilizam aplicações de Mecatrônica, Eletrônica e Computação. Seu controle de vôo é feito através de equipamentos computadorizados instalados a bordo e em sua base operacional, proporcionando estabilidade à aeronave e liberdade de planejamento e execução de seu plano de vôo, com tecnologia importada. O Projeto Albatroz pretende dominar esta tecnologia, tornando-se independente.
Parceiros – Atualmente, o Projeto Albatroz busca parceiros técnicos e financeiros que tenham interesse e possam investir na tecnologia necessária para o desenvolvimento dos VANT’s. As parcerias poderão ocorrer na forma de patrocínio, disponibilizando técnicos com conhecimentos nas áreas de computação, eletrônica ou telecomunicações que possam trabalhar no projeto, ou na contratação dos serviços de foto, filmagem ou monitoramento aéreo.
“Estas parcerias são fundamentais nesta fase do projeto, ainda sem nenhum tipo de recurso externo de órgãos como FAPESP ou FINEP.
As empresas parceiras estarão contribuindo com a preservação do meio ambiente e com o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora de interesse mundial”, afirma o pequisador.
Todas as aeronaves desenvolvidas pelo projeto serão capazes de voar de maneira completamente autônoma, obedecedo um plano de voo pré-programado por computador. Concluída a missão pré-estabelecida, retornam sozinhas para a base, sem a necessidade de interferência de um piloto. Poderão alternar entre o voo controlado por um piloto em terra e o voo autônomo, mesmo durante o desenrolar de uma missão.
Atualmente, o Projeto possui quatro aeronaves em desenvolvimento, entre elas oMini VANT Planador Albatroz, com capacidade de carga de 2kg e uma hora de tempo de voo; o Mini VANT Multi Rotor Hexacóptero Beija-Flor, com capacidade de 1000 gramas, tempo de voo de 7 minutos e o Mini VANT Multi Rotor Hexacóptero Twin Albatroz, com capacidade de 2500 gramas e tempo de voo de 12 minutos.
Já o VANT Condor, de médio porte, será desenvolvido a partir do Planador Ultraleve Tripulado Albatroz. Possuirá 11 metros de envergadura, velocidade máxima de 120km/h e 12 horas de tempo de vôo. Sua utilização principal será para buscas e salvamentos em terra e no mar. Com carga útil de 80 quilos, será capaz de levar a bordo os mais diversos tipos de câmeras, radares e sensores, fundamentais na localização de pessoas, barcos ou aeronaves perdidas ou acidentadas.
Os interessados podem fazer contato pelo e-mail florianopeixoto1@hotmail.com
Aerodesign – Há anos, a Unisanta participa de competições de Aerodesign promovidas pela SAE Brasil. Em 2006, Borges dos Santos introduziu o uso de materiais compostos (fibra de vidro e fibra de compostos), tornando a aeronave extremamente leve e resistente. A equipe conquistou o 5º lugar na competição SAE Brasil de Aerodesign.
NINE – O Núcleo funciona como uma pré-incubadora de empresas, visando o mercado de trabalho para alunos, egressos e professores da Universidade. Coordenado pelo professor do Curso de Engenharia Mecânica, Dr. José Carlos Morilla, o NINE oferece, desde 15 de outubro de 2008, assessoria técnica e instalações físicas para alunos e professores que possuam projetos inovadores, em produtos, serviços ou processos. Entre os objetivos, está o de despertar o espírito empreendedor, além de aproximar os meios acadêmico e empresarial.
Cada projeto é apoiado por 18 meses, até que o protótipo adquira maturidade para se transformar em um produto, serviço ou processo com alta incorporação de tecnologia e inovação, e seja considerado apto para ser comercializado.