Os centenários canais santistas podem se tornar mais uma ferramenta de conhecimento nos estudos dos jovens santistas. O Herbário, da Universidade Santa Cecília (Unisanta), pesquisa a flora dos canais para um catálogo que poderá ser utilizado em aulas.
Estão sendo realizadas amostras de algas e briófitas (musgos), por um grupo de Biologia Marinha formado por pesquisadores, Zélia Rodrigues de Mello e Paulo de Salles Penteado Sampaio, e pelos alunos do curso. O trabalho de pesquisa feito pelo grupo tem o intuito de catalogar as espécies botânicas presentes nos canais santistas.
“Nossa idéia é de catalogarmos todas as espécies encontradas nos canais e publicarmos para que possam servir de auxílio para os professores em suas aulas”, diz Zélia. Com o catálogo em mãos, ela acredita que as aulas poderiam ser mais dinâmicas e assim os alunos da região aprenderiam conhecendo melhor a biodiversidade. O grupo de pesquisa ainda não concluiu o trabalho, mas planeja, assim que o fizer, buscar parcerias para que o catalogo possa ser usado dentro e fora das escolas, com aulas em campo.
Os canais, que foram construídos no passado por Saturnino de Brito para sanear a cidade das doenças e da sujeira, trazem agora vestígios de vida marinha. Enquanto o processo de reconhecimento do meio ambiente presente nos canais santistas acontece a equipe de pesquisadores descobriram que além da flora presente há também fauna. “Ao pesquisarmos as espécies de algas e briófitas nos canais percebemos que também havia vida marinha, encontramos muitos caranguejos”, diz Zélia.
O grupo de pesquisa do Herbário da UNISANTA faz parte do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), uma agência do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) que tem como função auxiliar o progresso de pesquisas científicas e tecnológicas no Brasil. Criado em 2007 com o nome de Biodiversidade Vegetal no Litoral do Estado de São Paulo, tem o intuito de pesquisar o cenário do bioma da Mata Atlântica.