Ana Marcela Cunha, maratonista aquática olímpica da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), de Santos, já está em Pequim, para lutar por uma medalha na prova de 10 km, marcada para a noite desta terça-feira (19), a partir das 22 horas, no horário de Brasília. Depois de um período de aclimatação e treinamento, em Macau, ela e o técnico Márcio Latuf, além dos demais integrantes da equipe brasileira seguiram no sábado (16) para a capital chinesa. Na prova, Ana Marcela terá a companhia de Poliana Okimoto, brasileira vice-campeã mundial da distância em 2007.
As maratonas aquáticas de 10 km, que debutam no programa olímpico, têm como palco o Parque Olímpico Shunyi de Canoagem, que começou a ser construído em 2005, e ocupa cerca de 32 mil metros quadrados com 82 por cento de área verde. O Parque conta ainda com 37 mil assentos, sendo que 1200 permanentes e 25.800 temporários. Tem uma capacidade de 37 mil pessoas (1200 lugares permanentes + 25,8 mil móveis, sendo 15,8 mil sentados) está localizado em Mapo Village, no Distrito de Shunyi, Pequim.
Em Macau, Ana Marcela disse que sua rotina limitou-se a treinar, comer e dormir. “Ao lado do meu técnico, procurei fazer tudo o que foi planejado. Contamos com uma boa estrutura, sendo que mesmo a piscina de treinamentos não registrava a superpopulação do Cubo D´Água, com cada atleta tenho uma raia inteira a sua disposição”, destacou.
FOCO E TRANQULIDADE – Para conseguir um bom resultado, Ana Marcela tem como armas o foco e a tranqüilidade. "Não estive no evento teste realizado no local, mas soube que irão mudar o percurso para a prova olímpica. É importante nadar no pelotão da frente, sem perder o contato com as primeiras atletas, mas o desenrolar da competição é que vai determinar a melhor estratégia. Terei que ficar ligada o tempo todo nos detalhes da prova", disse a líder do ranking da Federação Internacional de Natação (Fina).
A atleta disse que chegar a Pequim com apenas 16 anos não representa nenhuma pressão exagerada. "Não levo em conta a minha idade, o que importa é a minha vontade de vencer", disse a nadadora, que disse que se preparou como nunca. "Sei que tenho condições de lutar com todas as minhas adversárias de igual para igual. Vou brigar até o fim por uma medalha", afirmou.
Quanto a ser a mais jovem na disputa, com 16 anos, ela declarou que não vê dificuldade. “Isso é mais um fator para igualar as competidoras e quase todas as 25 participantes da prova olímpica já se conhecem de outras travessias". Afirmou, lembrando que "treinar muito bem todos os dias é o principal fator para o sucesso do atleta, dedicar-se ao máximo ao que está se propondo a fazer, e acima de tudo, fazer porque gosta", concluiu.