A equipe brasileira de maratonas aquáticas para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro só terá sua definição em 12 de maio, mas um dos fortes concorrentes a uma das duas vagas masculinas, o atual campeão brasileiro e nadador da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Luiz Lima, está otimista quanto ao desempenho do conjunto nacional.
“Tanto no feminino quanto no masculino temos muitas chances”, destaca Luiz, lembrando que os maiores adversários serão os americanos e os canadenses que, ao contrário de outras modalidades, devem vir com seus principais atletas. “O Brasil, como o retrospecto indica, teve figurara entre as três forças da disputa, à frente de Argentina, Venezuela e Cuba”.
O atleta da UNISANTA só demonstra sua insatisfação com o fato de a definição da equipe brasileira ocorrer em apenas uma seletiva. “Entendo que é arriscado decidir vagas em uma prova só. Seria mais justo se tivéssemos ao menos três seletivas”, argumenta. “Para a mídia é mais emocionante, mas nós vamos na base do ‘agora ou nunca’. É rezar para não ter problema no dia”, conclui.
A natação em águas abertas tornou-se olímpica em outubro de 2005 – entrará, portanto, no programa dos Jogos de Pequim, no ano que vem. Pouco depois, a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) decidiu incluir a prova no Pan, para felicidade dos brasileiros. Afinal, o País tem uma vice-campeã mundial: Poliana Okimoto, de 23 anos, conquistou a prata nos 5 km e 10 km (a distância do Pan) em Nápoles, em 2006.
Além de Luiz Lima, pentacampeão da Travessia dos Fortes, brigam por um lugar entre os homens os baianos Allan do Carmo e Fábio Lima e o gaúcho Carlos Pavão. Entre as mulheres, além de Poliana Okimoto, as favoritas são a capixaba Maria da Cruz Penha, a Pepenha, e as baianas Pamela Engel e Ana Marcela Cunha, que, com apenas 14 anos, foi a vencedora da Travessia dos Fortes do ano passado.
Com quatro vagas (duas para os homens e duas para as mulheres) asseguradas, o Brasil definirá a equipe em 12 de maio, em prova única a ser disputada em Copacabana