Na próxima segunda-feira (15/5), a Universidade Santa Cecília (Unisanta) promoverá a palestra “Ferrovias: conceitos e perspectivas na intermodalidade”, ministrada pelo Prof. Dr. Aureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo. O evento é aberto ao público e será realizado a partir das 19 horas, no Consistório do Bloco M, Rua Oswaldo Cruz, 277 – Boqueirão, Santos (SP).
Importância do tema
O professor Pasqualeto Figueiredo informa que as ferrovias foram fundamentais ao desenvolvimento econômico e histórico mundial: “As ferrovias foram um marco da evolução pioneira no Brasil e no mundo. Em nosso país, tivemos ótimos empreendimentos que venceram obstáculos e alavancaram o crescimento do Porto de Santos e de toda a região. Basta lembrar que, em meados do século XIX, quando se construiu uma ferrovia em nossa cidade, a Vila de Santos tinha cerca de cinco mil habitantes, e São Paulo, perto de 20 mil”.
Em relação aos veículos brasileiros de locomoção e transporte, o engenheiro descreve estes como equipamentos inadequados, porquanto há uma limitação de recursos públicos investidos para proporcioná-los maior eficácia:
“No Brasil, a partir da década de 50, com a implantação da indústria automotiva, as ferrovias foram despriorizadas e desincentivadas. A prioridade para os investimentos passou a ser em rodovias. Apesar de o desenvolvimento e consolidação da indústria automotiva ter sido um fator importante, as ferrovias foram deixadas em segundo plano. O resultado desta política constata-se na escassez de transportes ferroviários, atualmente da ordem de 20%, considerando que grande parte das cargas no Brasil são cargas a granel – em outras palavras, de grande peso e baixo valor – próprias para o modal ferroviário e não rodoviário, como ocorre com frequência”.
Funcionamento
O doutor explica que o melhor desempenho dinâmico se deve às condicionantes físicas, envolvidas na execução das composições ferroviárias: “Como a roda e o trilho são elementos metálicos, o atrito e, consequentemente, a resistência são menores que as decorrentes do contato de um pneu sobre um pavimento asfáltico (esta característica torna uma ferrovia mais econômica). Assim, os veículos ferroviários podem transportar cargas maiores por eixo, com o limite de 128 toneladas por vagão. Essas condições permitem composições de dezenas e até centenas de vagões”, conclui o profissional.