Entre os projetos estão curso de atualização da Semana de 22 para professores, mostras fotográficas, ciclo de cinema, série de episódios midiáticos homenageando personalidades e ações ligadas ao Movimento Modernista Brasileiro
O Fórum da Cidadania da Baixada Santista, em parceria com a Universidade Santa Cecília (Unisanta) e outras instituições regionais da área cultural, retomou as reuniões para definição das ações em comemoração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, após um hiato por conta da pandemia da COVID-19.
As atividades tiveram início em 2019 com o 1° Encontro Regional de Celebração à Semana de Arte Moderna de 22 e se estendem até setembro de 2022 (quando se comemora o Bicentenário da Independência do Brasil), com ampla programação.
Em 2019, o tema central foi a participação do casal Patrícia Galvão e Geraldo Ferraz, muito ligados à cidade de Santos, no movimento Modernista. Os desafios da Cultura e Educação em nossa sociedade, de tão importantes mutações socioeconômicas e comportamentais, e a inserção de nossa região nos destinos da brasilidade foram assuntos discutidos no primeiro encontro e estarão novamente em pauta.
Para fevereiro de 2022, mesmo mês em que aconteceu a Semana de Arte Moderna (SAM – 1922), está programada a “Semana de Arte Transmoderna da Baixada Santista”. Com o objetivo de abordar as inovações e influências intelectuais, estéticas e sociais do Modernismo no Brasil, a organização do evento está “a todo vapor”, com reuniões frequentes do comitê organizador, que tem as seguintes lideranças: Sérgio Sérvulo, advogado e filósofo, Presidente do Fórum da Cidadania; Celio Nori, sociólogo e coordenador-geral do Fórum da Cidadania; Flávio Amoreira, poeta e escritor, representante da Pinacoteca Benedicto Calixto; Eduardo Ricci, fotojornalista, cineasta e professor pesquisador do Cineclube Lanterna Mágica e do LabCine Unisanta, representante do Grupo Santa Cecília; entre outras.
A primeira atividade deste ano será o Café 22 – Do Moderno ao Transmoderno. O debate on-line contará com a presença da professora da Unisanta Ana Kalassa, do escritor Flavio Viegas e um representante do Museu do Café, com mediação do jornalista Eduado Ricci. O encontro está agendado para o dia 29/05, às 16h.
O fotojornalista, cineasta e professor pesquisador do Cineclube Lanterna Mágica e do LabCine Unisanta, Eduardo Ricci, representante do Grupo Santa Cecília no comitê de organização da Semana de Arte Transmoderna, comenta que a principal intenção desta iniciativa é: “Resgatar a Semana de Arte Moderna com um olhar mais inclusivo dos novos protagonismos estéticos, como a luta contra o racismo estrutural e a misoginia nas artes”.
Várias propostas de atividades culturais já foram feitas pelo comitê de organização. Entre as iniciativas que estão sendo desenvolvidas estão:
– Curso de Atualização da Semana de 22 para professores da Secretaria de Educação e da Diretoria Regional de Ensino de Santos. Marcado para 2021, o curso prevê uma série de aulas ministradas por diversos especialistas no assunto;
– Mostras fotográficas sobre a Semana de 22 na Pinacoteca Benedicto Calixto, Casa do Barão e Museu do Café;
– Ciclo de Cinema “Arte é Independência”, Sessão Transmoderna de Cinema (Vila Criativa – Vila Nova/Mercado Municipal), Passeio Cultural “Semana de 22”, no Centro Histórico de Santos, Café 22 – Do Moderno ao Transmoderno (bate-papo on-line e bimestral). Iniciativas do Cineclube Lanterna Mágica, da Unisanta;
– Série de 10 episódios midiáticos homenageando personalidades e ações ligadas ao Movimento Modernista Brasileiro, espetáculo cênico reunindo diretores teatrais da região, criação de um Salão de Artes que reúna artistas da região a tratar em revisão e atualização a Semana de Arte Moderna. Essas são algumas das iniciativas do Teatro Experimental de Pesquisas da Universidade Santa Cecília (TEP).
Sobre a Semana de 22 – A Semana da Arte Moderna de 1922 foi um evento que reuniu os maiores expoentes das artes no Brasil e apresentou à elite da época, no Teatro Municipal de São Paulo, o movimento artístico-cultural Modernista, que rompia de maneira revolucionária com os antigos preceitos e aspectos de arte.