Docente da Faculdade de Fisioterapia da Unisanta, a professora Vivian Vargas foi a especialista consultada em matéria do G1 sobre a Distrofia Muscular de Duchenne, doença sem cura e genética.
A DMD, como é chamada, é uma doença degenerativa, causando o enfraquecimento dos músculos e acarretando quedas frequentes, dificuldades para aprender, levantar e correr. Apesar de não ter cura, existem tratamentos que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e a controlar os sintomas do paciente.
A fisioterapeuta explicou ao G1 que a doença genética está ligada ao cromossomo X da mulher, que é a portadora da DMD, mas na maioria dos casos, a doença se manifesta quando a portadora tem um filho homem. “A criança já nasce com ela, mas não é no nascimento que se manifesta’, disse. De acordo com a professora, a falta de uma proteína essencial para a integridade do músculo faz com que o tecido vá se degenerando. A criança nasce normal, mas demora um pouco para andar. Entre 2 e 4 anos, cai muito, alguns anos depois deixa de correr, subir escadas. Aos 12, normalmente, para de andar”.
Segundo Vivian, é importante que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível, já que isso pode significar uma melhor qualidade de vida, além de mais tempo andando. A docente também comentou a importância de profissionais capacitados para tratar da doença, que pode afetar os músculos respiratórios e cardíacos, levando a criança a óbito. “Raramente encontramos profissionais preparados para atender e diagnosticar a DMD no Brasil. É uma doença muito séria e é preciso maior conscientização e um trabalho coletivo diante dela”.