Segundo a matéria publicada na página A-3 como Destaque do Dia, as simulações descartam, por enquanto, a chegada à Baixada Santista do óleo que atinge as praias do Nordeste. Se o cenário atual mudar, as chances das manchas atingirem a região são de 15%. O NPH-Unisanta cuidará de um observatório costeiro para acompanhar os possíveis riscos à região.
O Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Universidade Santa Cecilia foi o destaque do jornal A Tribuna desta quarta-feira (30/10), ao realizar simulações que afirmam que as chances das manchas de óleo que afetam o Norte e Nordeste virem até o litoral paulista são de até 15%. Para conseguir realizar o monitoramento do óleo e sua possível aproximação, será montado um observatório costeiro na Baixada Santista. “O observatório costeiro ficará sob a gestão do NPH-Unisanta, que já faz o monitoramento da maré e de ressacas”.
Renan Braga Ribeiro, pesquisador, professor e integrante do NPH-Unisanta, conversou com o jornal e comentou sobre os estudos realizados, que levaram em consideração ventos e correntes marítimas, além das medidas que serão adotadas. “Embora seja baixo o risco (de o óleo chegar na região), isso não impede que seja elaborado um plano de ação”
“Ribeiro utilizou estudos realizados pela Petrobras, ao realizar o leilão das áreas de prospecção de óleo, para tentar mapear o comportamento da mancha de óleo. ‘Com esse cenário, a probabilidade de chegar à Baixada Santista é de até 15%’. Assim que o material aportar em Saquarema, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, o alerta regional deve ser ligado. ‘Nesse caso, há risco de atingir a Baixada Santista. Os modelos matemáticos indicam de cinco a 10 dias’.
Outro ponto tocado por Renan foi a “extensão em que a mancha de óleo pode se espalhar na costa brasileira”. Sobre isso, ele disse que, para avaliar a situação, são necessários dois fatores: o ponto de origem e a quantidade vazada, dados que ainda são desconhecidos.
Para conseguir realizar o monitoramento do óleo e sua possível aproximação, será montado um observatório costeiro na Baixada Santista. “O observatório costeiro ficará sob a gestão do NPH-Unisanta, que já faz o monitoramento da maré e de ressacas. A ideia é que o órgão utilize os modelos matemáticos para elaborar boletins regulares sobre a dispersão das manchas e aproximação do óleo na costa paulista. ”
Em reunião com representantes de todas as cidades da Baixada Santista, Ibama e Codesp, Renan deu entrevista ao Jornal Tribuna 2º Edição também, programa da TV Tribuna. “A probabilidade de chegar aqui na região é muito baixa, mas logicamente, como tem muita incerteza, essa probabilidade existe, então é importante estar preparado. ”, disse ele. O programa foi ao ar no dia 29/10.