A matéria é um pingue-pongue (perguntas e respostas) de uma página inteira do caderno Cidades
O consultor de Recursos Humanos e diretor da empresa Sartori Desenvolvimento Humano e Organizacional, Fábio Sartori, deu entrevista ao jornal A Tribuna, com dicas sobre processo seletivo, para pessoas que pensam em mudar de área e sobre o que está mudando em matéria de profissões, entre outros assuntos.
A matéria saiu no dia 20/5, na página A-7 do caderno Cidades. Sartori foi aluno de Administração da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Ele afirmou que proatividade e intraempreendedorismo (empreender dentro da empresa onde trabalha) são características levadas em consideração pelas empresas na hora de recrutar. “Essas competências reunidas dão muitas outras de que a pessoa precisa para entregar bons resultados, como iniciativa e atitude”, esclarece.
O profissional ainda lembra que as pessoas devem fazer faculdade e especializações que o ajudem na área que atuam, para se tornar algo ‘positivo’, mas se atuar em uma área e se especializar em outra, ‘vai soar como alguém que não tem foco’.
Segundo Fábio, as redes sociais são analisadas pelo recrutador, mas não como as pessoas pensam. Ele salienta que o recrutador não se importa se a pessoa está com um ‘copo de cerveja na mão’, mas sim, se a pessoa possui interesse em sua vida profissional. “Não fica bem ele observar que o candidato participa de comunidades, páginas e grupos ou posta mensagens do tipo ‘eu odeio acordar cedo’, ‘eu odeio o meu chefe’ ou ‘não vejo a hora do final de semana’”.
Outra dica que o profissional oferece ao longo do texto é como se comportar na hora da entrevista. Ele comenta que, em um processo seletivo, o comportamento do candidato pesa de 70% a 80% na avaliação e ainda ressalta que as empresas ‘preferem contratar profissionais que estão alinhados aos valores, missão e cultura delas e treinar o técnico’.
Em relação aos jovens no mercado de trabalho, Fábio diz que há muito espaço para quem está começando e as empresas estão cientes de que eles não possuem experiência, mas o candidato deve ter ‘um discurso focado nas competências que têm para ocupar o cargo’. Entretanto, a ansiedade que toma conta dos jovens e o desejo de crescer rapidamente na empresa podem atrapalhá-los.
“Por falta de maturidade profissional, perdem uma oportunidade de crescer. Por conta das frustrações, muitos jovens buscam mais a estabilidade do que o desafio, a aventura. Já perceberam que não vão sair da faculdade, criar uma startup e ficar milionários ou entrar em uma empresa e virar diretores em três anos”, alerta o consultor.
O ex-aluno ainda aborda que as pessoas de meia-idade que ficaram desempregadas após anos na mesma empresa, devem se reinventar e fazerem uma reflexão sobre a evolução de suas carreiras para voltar ao mercado de trabalho. Se estiverem com dúvidas, deverão buscar o auxílio de um profissional ou ‘um programa de orientação de carreiras para se prepararem’.
Ao final da entrevista para o jornal, Fábio ainda comenta sobre o dilema no momento de sair da empresa em que atua para buscar novos caminhos e fala que a mudança de área hoje em dia está mais fácil, porém ela exige um bom planejamento por parte do profissional.
“Pela falta de planejamento estruturado, se frustram no caminho e já acham que não vai dar certo. Muitas vezes, não previram algumas etapas e não quiseram seguir”, conclui.