Problemas na adaptação às universidades é um dos fatores que agravam o sentimento de angústia e depressão nos jovens que estão fazendo a transição da adolescência para a fase adulta
O psicólogo e coordenador do Centro de Orientação Psicopedagógica da Universidade Santa Cecília (Unisanta), João Barros, foi consultado pelo jornal A Tribuna para explicar as dificuldades que os jovens passam ao ingressar nas universidades. De acordo com a matéria desta sexta-feira (29), problemas na adaptação ao ensino superior contribui para que os jovens se sintam mais angustiados e depressivos.
A matéria foi publicada na página A-8 do caderno Cidades e aponta números preocupantes de pesquisas sobre depressão. Os dados de um estudo mostram que 9,9% dos alunos relataram que já tiveram ideias suicidas, motivadas por depressão. Além de problemas na adaptação ao ambiente universitário, outros fatores como problemas econômicos e consumo abusivo de drogas e álcool também contribuem para que os jovens se sintam angustiados e depressivos.
O Centro de Orientação Psicopedagógica da Unisanta é acionado quando os professores identificam algum tipo de dificuldade do aluno à vida acadêmica. De acordo com o coordenador do Centro, ao longo do semestre, alguns alunos começam a ter dúvidas em relação à carreira, sobre como estudar e a relação com o mercado.
Segundo Barros, é possível que a Universidade ofereça apoio para que os alunos consigam enfrentar as tarefas do estudo de forma mais organizada. “O estudante chega aqui com dificuldade de se constituir enquanto sujeito leitor. A universidade é diferente. Podemos dar essa orientação, ajudar na organização de uma agenda de estudos. É uma angústia normal de meio de semestre, porque a prova ameaça os projetos de desenvolvimento da pessoa”.