Pâmella Pereira Cipriano, formada em Fisioterapia na Universidade Santa Cecília (Unisanta) em 2015, é hoje residente no Hospital  Sírio-Libanês, onde trabalha  60 horas semanais.  “É bem cansativo, mas estou amando. Eles têm um estrutura muito boa – é um dos maiores hospitais da América Latina – e tudo que eu vi na  Faculdade eu consigo ali  colocar em pratica.  O  que às vezes não era possível nos hospitais de Santos, pela falta de equipamentos e de verba.  Todos os pacientes lá têm um atendimento multiprofissional, e os profissionais de saúde se comunicam para ver o que é melhor para o paciente. A fisioterapeuta  fala com o médico, com a psicóloga e isso é demais!”

Pâmella elogia o conhecimento que a Unisanta proporcionou no decorrer de sua graduação. “A base que a Unisanta nos dá é muito boa. No Sírio eu conheci pessoas de todo o Brasil, e ninguém mais tem a experiência em hospital como nós temos, assim como a carga horária e a grade de matérias”.

“Em todas as provas que eu fiz nunca caiu uma questão sobre algo que eu nunca tinha ouvido falar”, acrescenta a fisioterapeuta. Minhas preceptoras mesmo falam  que eu tenho uma boa base em hospital, e que nunca tinham visto uma Faculdade que deixa o aluno tão pronto para o mercado de trabalho”.

Embora seja uma grande oportunidade em sua vida,  ela também não nega: é igualmente muito difícil.  “Acredito que seja difícil porque ainda é novidade. Já começa com a mudança de cidade, São Paulo. Por mais que seja perto é muito diferente de Santos, é muita correria, são muitas pessoas, metrô lotado, morar com pessoas que não são seus pais… é tudo muito diferente. Porém está sendo tudo um aprendizado”

Antes de ingressar no Sírio-Libanês, Pâmella conta que passou por outras experiências em vários segmentos da Fisioterapia. “Passei pelos estágios de Saúde da Mulher, durante dois anos. Tive também o estágio de Prótese e Órtese (dois meses) e no quarto ano tivemos em Neuro Adulto, Neuro infantil, UTI, Enfermaria e Aparelho Locomotor, dois meses cada. E no quinto ano nós repetimos todos eles”.

Projetos – Acabando a Residência, ela gostaria de continuar trabalhando em hospital e também em consultório, principalmente com pacientes de mama. “É uma área que precisa de atenção da Fisioterapia e em Santos ainda é muito difícil. Pretendo fazer  uma pós de Saúde da Mulher e um sonho que eu tenho é de dar aula em alguma Universidade”.

Segundo Pâmella, é difícil encontrar faculdades de fisioterapia que tenham na grade a matéria de Fisioterapia Oncológica, o que é um absurdo,  já que o Câncer é a segunda doença que mais mata, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. “Mas é uma área em ascensão e tenho esperança de que um dia todos terão conhecimento sobre essa área tão necessitada de pessoas especializadas”.

Depois de viver intensamente a faculdade e estar totalmente engajada tanto dentro como fora dela, Pâmella tem um conselho para os mais novos. “O conselho que eu dou é que aproveitem ao máximo esse cinco anos participem de tudo, e não desistam. É cansativo, às vezes dá vontade de largar tudo, mas não o façam, a graduação é o momento único e a fisioterapia e a área de saúde precisa de profissionais com responsabilidade e olhar para as pessoas como um ser humano e não como a doença. E a Unisanta não nos forma só como fisioterapeutas, mas também como seres humanos aptos a cuidar de outro ser humano”.