O ex-aluno de Jornalismo da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Cássio Barco, acaba de se tornar correspondente internacional do Globoesporte.com e da TV Globo, na Espanha. Desde o dia 10, Cássio está morando em Barcelona.

Antes de começar a trabalhar no Globoesporte, em 2011, Cássio já tinha trabalhado com esporte. Ele estagiou na assessoria de comunicação do Santos Futebol Clube durante dois anos e meio, depois trabalhou em uma empresa de futebol, em São Paulo, que compra e vende jogadores.

“Recebi um convite para voltar à assessoria do Santos e eu, Arnaldo, Diogo Venturelli e Sergio Pirata criamos a Santos TV. Fizemos o canal ser um dos mais acessados do youtube, emplacamos matéria de Globo Esporte, Jornal Nacional e Fantástico”, conta Cássio.

O projeto chamou a atenção do Zé Gonzalez, chefe da redação de São Paulo do Globoesporte, que gostou do material produzido e fez a proposta para Cássio trabalhar com ele. Após três meses de trabalho, Cássio narrou os jogos da Copa América da Argentina nas transmissões ao vivo do Globoesporte.com. O jornalista acredita que as transmissões ao vivo foram um projeto diferente, despojado e ousado, pois contava com artistas convidados nos comentários.  Na época, o auge foi trabalhar diretamente com o Tiago Leifert pela primeira vez, que ele admirava muito.

“No final de 2011 fiz a cobertura mais importante e desafiadora de todas, quando passei 20 dias no Japão (Nagoya e Yokohama),  na cobertura do Mundial Interclubes disputado pelo Santos. Fiz também Libertadores fora do Brasil, final de UEFA Champions League e  jogos da Seleção Brasileira. Durante a Copa das Confederações trabalhei em todos os jogos como apresentador das transmissões ao vivo do Globoesporte.com”, explica.

Cássio também esteve em Londres, para a final da Champions League e em Barcelona, para a apresentação de Neymar, em maio e junho do ano passado. Nesse período fez matérias que foram usadas na TV Globo e no Globoesporte.com. Foi onde ele viu grande potencial de audiência e material para ser produzido. “Pensei em criar um projeto e apresentar à chefia para termos um repórter na Europa. Mas fui de Barcelona praticamente direto para o Rio, trabalhar na Copa das Confederações. Quando voltei para São Paulo, meu chefe me chamou para almoçar e me perguntou se teria interesse em me tornar correspondente internacional, antes mesmo de eu contar da ideia do meu projeto. Claro que aceitei ali mesmo”, conta.

A escolha do curso foi tarde. “Eu não tinha dinheiro para cursar faculdade, minha família passava por dificuldades, e nem tinha escolhido um curso quando terminei o terceiro colegial. Eu estudava em uma escola pública, a educação lá era horrível. Mas eu sempre gostei muito de escrever, mais ainda de falar, conhecer gente, viajar. Acho que sempre fui jornalista. Fiz o vestibular como brincadeira e assinalei Jornalismo e Publicidade”. Cássio acabou indo bem no vestibular e seus pais se empolgaram. Ele passou a ter certeza que era isso o que queria para a sua vida, e arrumaram um jeito de pagara faculdade.

Das memórias da época de estudante, ele se lembra de alguns professores e diz que não seria o profissional que é hoje se não tivesse contado com ótimos mestres omo teve na Unisanta. “Tive alguns professores que fizeram a diferença na faculdade, como o Sobrino, que mesmo dando aulas sobre tudo o que eu já sabia (aula de informática no primeiro ano) conseguiu me ensinar muito sobre outras coisas, é um grande profissional. Darrell, um ser humano acima da média. Fernando de Maria era um professor muito inteligente, justo,  e ouvia o que a gente tinha para falar. As aulas do Rittes eram demais, essas expandiram minha mente. As do Marcão também. E claro, o Gerson. Foi na aula dele que escrevi meu primeiro texto em um sábado de manhã. E com ele subindo em cima da mesa que fui entender o que era o jornalismo”.

Cássio dá um conselho para quem está cursando a faculdade de Jornalismo, o autoconhecimento. “Que eles experimentem bastante durante esses quatro anos. Mais do que conhecimento nas aulas, busquem autoconhecimento, para aí usarem o que aprenderam na faculdade e encontrarem a própria fórmula do sucesso”, aconselha.

Ser correspondente era o futuro que Cássio planejava, agora ele diz que precisa pensar em um novo. “Por enquanto é trabalhar muito aqui e não voltar tão cedo, mas tenho vontade ´também de fazer algo grande virar no Brasil`, quem sabe em alguns anos”, planeja.