Formado em Engenharia de Computação pela Unisanta, Guilherme Fernandez é hoje engenheiro de software do Itaú Unibanco. Considerada a maior instituição financeira da América Latina e uma das maiores do mundo, o Itaú Unibanco é o maior banco privado do país, estando presente em 18 países e operando em diversos segmentos, como investimentos, private bank e cartões.
Na companhia, Fernandez integra a equipe de produtos para pessoas jurídicas no ecossistema de recuperação de crédito. “Nossa equipe tem o objetivo de viabilizar e facilitar o pagamento de dívidas que o cliente tenha com o banco. Logo, se um cliente pede um empréstimo e percebe que não vai conseguir pagar, entra em ação o nosso fluxo de recuperação de crédito”, explica o ex-aluno, que acrescenta que seu trabalho envolve reuniões diárias com a equipe de produtos para o alinhamento de demandas que possam agregar valor ao negócio.
Entre os principais valores da companhia que mais lhe atraem, Guilherme enfatiza que seus colaboradores – mais de 8 mil apenas na área de Tecnologia da Informação (TI) – costumam falar que o banco é “como uma mãe”. “O Itaú tem muito cuidado não apenas com os clientes que fazem uso da nossa plataforma e das funcionalidades das nossas aplicações, mas também com seus funcionários. Dentro da empresa, existem vários projetos voltados para a capacitação de seus profissionais, além de um plano de apoio, tanto do lado pessoal como profissional, caso o colaborador tenha algum problema e precise se afastar”, revela.
Sobre os desafios enfrentados diariamente por profissionais de TI, o engenheiro de computação entende que, com a evolução da tecnologia, os problemas também evoluíram: “É sempre necessário encontrarmos novas formas de resolver os problemas sem criarmos outros. Todo profissional de TI pode ir dormir com um sistema funcionando normalmente e, ao acordar, descobrir que está tudo ‘pegando fogo’ sem que qualquer alteração tenha sido feita, mas fato é que algo inesperado ocorreu naquele fluxo que produziu vários problemas”.
Falando sobre a contribuição da faculdade para a sua formação, Guilherme destaca que o curso lhe ajudou muito na parte comportamental. “Como desenvolvemos dois ou três projetos semestrais, acabamos aprendendo a lidar com a pressão para o cumprimento de prazos, a ansiedade e o nervosismo. Pode-se saber muito sobre determinadas tecnologias, mas essas habilidades, chamadas de ‘soft skills’, são hoje fundamentais na carreira”, pontua, considerando a universidade também como um curso preparatório para o mundo corporativo. “Se parar para refletir, você apresentará projetos aos seus professores, mas futuramente o fará para o seu chefe. Os professores podem até ser condescendentes em um determinado contexto, mas o seu chefe não será”.
A respeito da permanente demanda por profissionais da área de TI, sempre em constante evolução, o hoje engenheiro de software do Itaú enfatiza que há oportunidades em abundância. “Na realidade, as empresas não estão conseguindo encontrar profissionais capacitados para preencherem as vagas. Há muitas oportunidades, e muitas delas são em regime de home office. Eu, por exemplo, hoje atuo dessa forma. Mas não se deve achar que só estudar o necessário vai te transformar em um profissional de destaque. A dica que dou é que, da mesma forma que um médico precisa se manter atualizado, com o profissional da área de tecnologia acontece a mesma coisa. Surgem novas tecnologias, novos problemas e novas formas de resolvê-los, então há muitos caminhos a seguir. A universidade te abre portas, mas
quem vai trilhar esse caminho e precisa tomar as decisões de carreira de curto, médio e longo prazo é você. Se você é profissional de TI, pratique, pratique, pratique, arrisque e não tenha medo, que vai dar tudo certo”, aconselha o ex-aluno, reforçando mais uma vez a importância das já citadas “soft skills”: “Foque no seu comportamento, pois a parte prática você pode aprender um pouquinho em casa e muito mais será aprendido na própria empresa”.
Em relação aos seus planos para o futuro, Guilherme, que ressalta que vem se aprofundando cada vez mais na parte técnica e já possui experiência gerencial, tem como meta aprender cada vez mais para, no futuro, migrar para a área de gestão. “Para você ser um gestor ou líder que entenda bem a sua equipe, agregando e propondo novas soluções para a companhia, você precisa ter passado pelo processo natural, que envolve ter sido desenvolvedor, para, futuramente, coordenar com experiência suficiente para lidar com as mais diferentes situações. É o que almejo”, finaliza.