A São Paulo Arquitetos, de Barbosa e a COA Associados construirão a sede do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU) e do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB ) em Brasília. A proposta foi selecionada dentre mais de duzentos projetos de 328 participantes no concurso.
Arquitetos de diversos lugares do País se inscreveram no concurso para construir a sede do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e do Departamento do Distrito Federal do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/DF) em Brasília, Distrito Federal.
O projeto, selecionado dentre mais de 200 apresentados por 328 participantes foi de dois escritórios: o São Paulo Arquitetos, fundado pelo ex-aluno de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Paulo Roberto Barbosa e Taís Cristina da Silva, além do Coa Associados, de Cássio Oba, Gabriel Cesar e Eugênio Conti.
Eles criaram um eixo “que conecta simbolicamente superquadras e lago, em conjunto de imagem forte e severa”, segundo a publicação ARCOweb. Conforme entrevista ao site, Roberto Barbosa disse que a equipe não se preocupou em projetar para arquitetos e sim procurou responder à demanda de forma objetiva em uma cidade que tem importância extraordinária para a história da arquitetura.
“O CAU e o IAB estão procurando lapidar esse processo para que o concurso possa ser encarado como modalidade adequada e justa da contratação de nossos trabalhos”. Desde o início, eles procuraram estabelecer com clareza todos os critérios de análise e as preocupações com o custo e a execução do edifício, conforme o site mencionado, O projeto do edifício será construído no Lote 21 da Quadra 603, no setor de grandes áreas Sul, com acesso pela via L2 Sul. A verba destinada à obra é de R$ 14 milhões.
Os arquitetos procuraram se desvencilhar da ideia de criar um monumento. “Pois, Brasília está repleta deles, e a nós pareceu muito simbólico que a casa dos arquitetos oferecesse um espaço público para a cidade”, afirmou Barbosa, lembrando a preocupação de que a praça se tornasse um lugar efetivo de permanência, em razão da atmosfera de Brasília, onde a umidade do ar, às vezes, é reduzida a níveis muito baixos.
O projeto terá dois corpos: o primeiro ocupado pelas áreas de trabalho (um prisma de aço e vidro com áreas livres) e o segundo, mais denso, onde estão elevadores, salas técnicas, shafts, sanitários e escadas. “Estes corpos são, em sua análise, fundamentais no que diz respeito ao desempenho térmico da edificação e ao aproveitamento dos recursos naturais, em razão da posição que se encontram: as áreas de trabalho estão a nordeste, em orientação mais favorável, e o núcleo de infraestrutura a sudoeste, atuando como barreira térmica natural”.
A estrutura foi dimensionada para, no futuro, receber placas fotovoltaicas para geração de energia. Essa estrutura/brise está também vinculada ao conforto dos usuários, uma vez que permitirá às pessoas que vierem a trabalhar no prédio visualizar as árvores da praça, com os espaços operacionais praticamente na mesma altura da copas.
São Paulo Arquitetos
Formado em 2005 pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisanta, o arquiteto Paulo Roberto Barbosa, trabalhou na empresa Biselli Katchborian de 2007 a 2013. Resultado de uma parceria estabelecida no escritório Biselli Katchborian Arquitetos do qual foram sócios em 2009, Barbosa e Tais Cristina da Silva, criaram em 2013, o escritório São Paulo Arquitetos.