O professor explicou ao jornal A Tribuna sobre os perigos que a longa exposição a determinados gases pode gerar danos irreversíveis nas vias respiratórias, doença renal e, em casos mais extremos, levar à morte.
A Prefeitura de Santos estuda a criação de uma força-tarefa para identificar locais em áreas do Centro, que armazenam estoques em desacordo com a legislação, segundo matéria publicada no jornal A Tribuna, de quinta-feira (11/10). O prof. Élio Lopes dos Santos, de Pós-Graduação da Engenharia de Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental da Universidade Santa Cecília, foi consultado sobre o tema, devido às consequências do incêndio ocorrido no último dia 8, em um armazém clandestino no Paquetá.
Na oportunidade, cerca de 98 pessoas –entre bombeiros, guardas portuários e policiais militares – foram encaminhadas a hospitais por ter contato com o gás tóxico. Durante o combate às chamas, equipes do Corpo de Bombeiros localizaram 2,1 toneladas de fosfeto de alumínio que, em contato com a água, libera o gás fosfeno. Essa substância é tóxica e contém odor desagradável.
O professor Élio dos Santos, explicou para o jornal que a longa exposição ao fosfeno, pode gerar danos irreversíveis nas vias respiratórias, doença renal e, em casos mais extremos, levar à morte. Ele ainda afirmou que a guarda do produto deve obedecer a padrões internacionais, o que não ocorreu no imóvel do Paquetá. O docente complementa que falta fiscalização a fim de evitar estoques clandestinos de material químico.
No texto da página A-9, o jornal explica que o Poder Público está analisando um grupo de trabalho, que conta com a participação de diversas secretarias e órgãos municipais. A ideia é verificar se documentações, como alvará de funcionamento – expedido pela Prefeitura – e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) estão de acordo com a atividade exercida pelo comércio.
As ações estão sendo estudadas após a descoberta acidental de produtos químicos armazenados de forma clandestina em uma marcenaria, no Paquetá, incendiada na madrugada de segunda-feira, deixando-a completamente destruída.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar causas e responsabilidades do incidente.