Cerca de 20% da meta proposta pela Campanha de Doação de Medula Óssea, promovida pela Faculdade de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília (Unisanta) em parceria com o Hemonúcleo de Santos, foi alcançada somente na manhã deste sábado, dia 25, quando centenas de pessoas participaram da Feira da Saúde realizada na Universidade. Além do cadastramento de doadores de medula óssea, mais de 800 pessoas passaram pelos serviços gratuitos de avaliação antropométrica e postural, aferição de pressão arterial, exames de glicemia, avaliação de câncer bucal e orientação para prevenção de osteoporose, com a participação de alunos e professores dos cursos de Fisioterapia, Odontologia, Farmácia e Educação Física e Esporte da Unisanta.
Procedimento – As 200 amostras de sangue coletas pela equipe do Hemocentro da Faculdade de Medicina de Marília, que colaborou com a atividade, serão encaminhadas para o laboratório de transplante daquela cidade, credenciado pelo Ministério da Saúde, onde passarão por um teste para identificação da tipagem HLA – antígenos dos leucócitos humanos que determinam a compatibilidade para os transplantes. No Brasil, existem apenas 19 laboratórios credenciados e específicos para essa finalidade. Após o teste, é gerado um código que ficará disponível no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) para ser cruzado com outro banco de dados, o Rereme – Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea, instalado no Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.
Ao se encontrar um paciente com medula compatível, o doador fará novos testes sanguíneos e, confirmada a compatibilidade, ele será consultado para decidir sobre a doação. As chances de se encontrar um doador compatível é de uma em um milhão de doadores, “por isso, campanhas como a realizada pela Unisanta são de extrema importância, tornando-se esperança de cura para pacientes com aplasia de medula”, afirmou Marcelo Ruiz, biomédico que responde pela direção do Laboratório de Transplantes de Marília.
O Dr. Antonio Fabrão Júnior, docente da Universidade de Marília, também ressaltou a importância do projeto. “Cerca de 25% dos pacientes que precisam de transplantes encontram doadores na própria família, mas o restante, 75%, necessitam recorrer ao Redome, o que mostra a importância do banco de doadores. Essa Campanha é fundamental para que a sociedade entenda o que é o registro e a importância de ser doador.” Karen Souza Ferreira, aluna do 3º ano de Biologia Marinha da Unisanta, foi uma das doadoras de sangue e ficou muito satisfeita em participar da campanha. “A solidariedade é o que me incentivou a colaborar. Hoje posso fazer o bem para alguém, sem precisar de muito. Se futuramente eu precisar, sei onde recorrer. Esse projeto é muito importante por oferecer oportunidade aos que necessitam de ajuda.”
Campanha – De acordo com o professor Ivan Barreira Cheida Faria, diretor da Faculdade de Fisioterapia da Unisanta e coordenador da campanha, a meta é conseguir a adesão de 1000 doadores até dezembro deste ano. “Faremos outros eventos para cadastrar novos doadores, além de palestras de conscientização e esclarecimento à população”, comentou. Quem desejar se cadastrar basta procurar o Hemonúcleo de Santos, que fica no Hospital Guilherme Álvaro. Também participam da campanha a Grande Secretaria de Ações Paramaçônicas da GOSP, o Grande Oriente do Brasil; Associação Malkhut; Associação Véritas e o Rotary Club Guarujá – Ilha de Santo Amaro.