Carlos Alonso Farrenberg, o Carlão do Brasil, como passou a ser conhecido após o brilho de quatro medalhas de ouro e uma de prata nos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007, disputou as Paraolimpíadas de Pequim, na categoria S13 (deficiência visual), decorrente de perda parcial da visão em função de toxoplasmose, contraída ainda na infância. Ele conta com uma visão estimada entre 15 e 20% do normal de uma visão 20/20.
Carlão é professor de Educação Física, formado em 2005 pela Faculdade de Educação Física e Esporte (Fefesp), da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), onde contou com todo o suporte para desenvolver suas atividades acadêmicas e mesmo esportivas, já que toda a preparação para a sua primeira competição internacional (Pan-americano de Cegos, em São Paulo, em 2005), foi desenvolvida com apoio dos professores.
Carlos Farrenberg treina na UNISANTA, sob a supervisão do técnico Renato Bartholo (também formado na Fefesp), de cinco a seis dias por semana em sessões de duas a quatro horas, especialmente a prova de 50m livre, que é especialista e lhe rendeu uma medalha de prata no Mundial de Natação em 2006. Nos Jogos Parapan-americanos de 2007 ganhou quatro ouros nas categorias de 50m, 100m, 400m livre e 100m peito e uma prata na categoria 200m livre.
De Pequim, Carlão volta como “Top Four” da natação mundial nos 50 metros nado livre, ficando a sete centésimos de uma medalha paraolímpica, e como “Top Five” nas provas de 100 e 400 metros nado livre. Além disso, Carlão estabeleceu novas marcas recordes sul e pan-americanas em todas as provas de estilo livre. Ele ainda competiu nos 200 metros medley, prova na qual melhorou sua marca pessoal.