Além de uma água bastante fria, os maratonistas aquáticos da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Luiz Lima e Ana Marcela de Jesus Cunha, integrantes seleção brasileira, terão outro inconveniente pela frente nas provas de águas abertas do 12º. Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, a ser disputado a partir do final de semana, em Melbourne, na Austrália.
A previsão meteorológica indica que as condições em Santa Kilda não são das melhores. O mar esteve bastante agitado no final de semana passado e a possibilidade que isso se repita é grande.
No sábado passado (10), foi realizada a Peter Mac Ocean Swim, uma prova beneficente de águas abertas, com distância inicial prevista para 1.250 metros. Entretanto, diante das condições desfavoráveis, o percurso acabou sendo reduzido para 900 metros.
A seletiva australiana para o Mundial de Águas Abertas, desenvolvida em dezembro último também em Santa Kilda, foi realizada em condições de mar bem ruins.
Luiz Lima, um conhecedor profundo das condições de Santa Kilda, por ter residido em Melbourne nos anos 90, já havia previsto que as águas, nesta época do ano, estariam bastante frias. “Melbourne fica no extremo sul da Austrália, sendo que suas águas marítimas são alcançadas pelas correntes gélidas do Oceano Glacial Antártico, a exemplo do que ocorre com parte da Argentina. E Melbourne está abaixo de Buenos Aires, na hipótese de traçarmos uma linha imaginária que cortasse o globo terrestre”, explica.
De qualquer forma, tanto Luiz Lima, que compete no dia 18 (domingo), na prova dos 5 km, como Ana Marcela, escalada para os 10 KM, no dia 20 (terça-feira), acreditam que possam ter um bom desempenho. Ao longo da semana, eles terão a oportunidade de treinar no local das disputas. Santa Kilda é a parte de Melbourne na qual estão localizados os melhores restaurantes e outros pontos de lazer da cidade.