Apesar de ser apontado como franco favorito para uma das duas vagas masculinas para a prova de da maratona aquática de 10 km dos XV Jogos Pan-Americanos Rio 2007, o nadador da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Luiz Lima, ficou fora da equipe brasileira. A frustração, porém, já é coisa do passado, transformando-se em motivação para um novo desafio: garantir presença nos 10 km dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
“Não dá pare negar que o golpe foi bastante duro. Afinal, eu tinha todo um planejamento para me dar bem no Pan, principalmente por competir praticamente no quintal da minha casa, na Praia de Copacabana, palco de algumas das minhas principais conquistas como maratonista aquático”, afirma Luiz, que já tem traçado um cronograma para ajudar na nova missão. “Go Back. Estou de volta, firme e forte, focando as competições que virão pela frente”.
Depois do Pan, a vida volta à plena normalidade, com a retomada do Circuito Brasileiro de Águas Abertas, a disputa do Troféu José Finkel e a busca por uma vaga no Mundial de Maratonas Aquáticas em Barcelona, no primeiro semestre de 2008. “Preciso estar nessa competição, para buscar uma vaga na elite que irá aos Jogos de Pequim”, destaca.
Mas antes de voltar às disputas como atleta, Luiz exercerá um outro papel, o de comentarista dos Jogos Pan-Americanos, na modalidade de maratona aquática, para a Rede Globo de Televisão e canais Sportv (TV por cabo). “Não será a primeira experiência, mas por certo será marcante, já que se trata de um Pan-Americano”, afirma.
ANÁLISE DA ELIMINAÇÃO – Superado o trauma, Luiz, como grande estrategista que é, faz uma análise dos fatores que acabaram determinando sua eliminação da equipe pan-americana. “Não faltou determinação, motivação e luta, mas determinados aspectos concorreram diretamente para que o meu desempenho final não correspondesse às minhas próprias expectativas”, explica.
Luiz, que chegou a manifestar seu descontentamento quanto à forma como se procederia a seletiva para o Pan, com a realização de uma única seletiva, ressalta que no dia da prova, o mar de Copacabana estava muito mexido. “Essa condição causou danos a minha performance, por obrigar-me a despender um esforço além do habitualmente necessário”.
Além disso, Luiz admite que nadou mal a primeira volta, passando com 35 segundos de atraso em relação aos ponteiros. “Na volta seguinte, reagi e cheguei a lidera, mas isso impôs uma mudança brutal de ritmo, que acabaria acarretando em perda de rendimento nos 800 metros finais, etapa das provas na qual costumo, ao contrário, acelerar ainda mais, já que o sprint é uma de minhas principais armas”.
De qualquer forma, Luiz acredita que não dá para ficar se lamentando. “Agora, tenho mesmo que focar o futuro, buscando uma vaga no Mundial e, a partir dele, nadar atrás de um lugar entre aqueles que terão a honra de nadar em Pequim, na primeira prova de 10 km na história dos Jogos Olímpicos”, finaliza.