A natação nos Jogos Olímpicos de Pequim só está começando – as disputas em piscina só terminam no próximo sábado (16) – e o ano ainda está no mês 8, mas para a maior atleta da história da natação argentina e uma das maiores de toda a América Latina, Georgina Bardach, 2008 já pode ser definido como o pior de sua carreira.
Nadadora da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), de Santos, há dez temporadas, tendo inclusive se destacado como a melhor atleta em várias edições de campeonatos brasileiro absoluto, além de ostentar seguidos recordes continentais, Georgina Bardach se diz frustrada e envergonhada com seu desempenho na prova dos 400 metros medley, em Pequim, onde, nas eliminatórias ela foi a oitava colocada de sua série, fechando a distância com mais de 5 minutos, bem distante do seu atual recorde sul-americano, de 4m37s51.
Medalhista de bronze nos Jogos de Atenas, em 2004, Bardach espera mais em sua estréia em Pequim. E, embora coloque em xeque sua permanência na China, onde ainda tem inscrição nas provas de 200m medley, nesta segunda-feira (11) e 200 borboleta, garante que estará em Londres para os Jogos de 2012.
Uma parada neste momento, seria apenas para descansar. “2008 tem sido um ano bastante difícil para mim”, admite a nadadora. A pressão tem sido forte e várias vezes cheguei a pensar em parar de vez. Mas a natação é minha vida”, ressalta.
Ela pretende buscar em um descanso a retomada de sua carreira e a motivação para levar adiante o mesmo espírito guerreiro que a levou a competir e a vencer, muitas vezes, longe de suas melhores condições físicas.