Aos 16 anos, a jovem nadadora da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Flávia Ribeiro de Souza, teve que aprender a ter disciplina desde cedo. Ela tem a responsabilidade de dividir sua vida entre ser uma boa atleta e ser boa aluna, em plena a idade na qual jovens estão cada vez mais em busca de diversão.

Tudo começou quando, aos sete anos, seu pai decidiu que ela deveria praticar um esporte e a colocou na natação. Por ironia do destino, naquela época a atleta odiava nadar. Só com o passar do tempo foi descobrindo que tinha um dom. “Fui percebendo que tinha facilidade, principalmente no nado costas. Hoje eu amo natação, é a minha vida”, resume.

Com dez anos de idade, transferiu os treinos para a Unisanta, onde teve a possibilidade de aprimorar suas habilidades. De todas as vertentes do esporte, a que a jovem mais se identifica é o nado costas.

Em 2009, Flávia foi campeã no costas no Juvenil 1 do Campeonato Paulista e Brasileiro de natação. No final do mesmo ano, intensificou os treinos e acabou lesionando o ombro esquerdo. “Passei o ano de 2010 fazendo fisioterapia diariamente. Hoje passei a fazer só às terças e quintas, aqui na Unisanta mesmo”.

Já em 2011 voltou com força e determinação e novamente foi campeã, na categoria do Juvenil 1, do Campeonato Paulista nos 200m costas, e Brasileiro no 100m costas. A atleta também entrou para a seleção brasileira e representou por duas vezes o Brasil no torneio de Natação Multinations, em Portugal.

A jovem divide sua vida entre a dedicação ao esporte e os estudos. De manhã, cursa o segundo ano do Ensino Médio no Colégio Santa Cecília. Já no período da tarde, treina duas horas de preparação física e duas horas de nado na água.

Na idade de decisões importantes na vida, Flávia Ribeiro quer seguir na natação, mas não descarta a possibilidade de fazer uma faculdade de direito. “Eu quero dar continuidade a minha carreira de atleta, mas também gostaria de estudar. Vou esperar para ver como as coisas vão acontecendo. Não adianta fazer algo em que eu não possa me dedicar e acabar não fazendo bem feito”.

A nadadora acaba deixando a vida social de lado para dar continuidade aos seus objetivos. “Nas horas vagas eu acabo indo ao cinema, assistir filme na casa dos amigos. Já fui para balada, mas percebi que isso prejudicava meu rendimento ao longo da semana. Por isso, eu geralmente não saio. É uma escolha que eu fiz e não sinto falta”, conta.

Com pouca idade, mas muita garra e determinação, Flávia Ribeiro tem o apoio da família na escolha de seu caminho. “Meu pai acha que não deve me cobrar. Ele apoia minhas decisões. Minha mãe esteve do meu lado o tempo todo quando sofri a lesão. Eles vão às competições. É muito bom poder contar deles.”, reflete.