Em sua primeira competição após a conquista do quinto lugar na maratona aquática de 10 km nos Jogos Olímpicos de Pequim, que lhe valeu o status de “Top Five” da natação mundial, a atleta da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), de Santos, Ana Marcela Cunha sagrou-se vice-campeã brasileira dos 800 metros nado livre. Ela registrou a marca de 9m05s07, na manhã desta quarta-feira (3), no primeiro dia de finais do 37º Troféu José Finkel de Natação/Campeonato Brasileiro Absoluto/Taça Correios, no Corinthians, em São Paulo.
Ana terminou em terceiro na prova, mas assumiu a prata como segunda melhor brasileira, em razão de a argentina Cecilia Biagioli, do Corinthians, ter obtido a segunda colocação, com 8m54s70. A melhor da prova foi a também olímpica Poliana Okimoto, do EC Pinheiros, que havia sido sétima colocada nos 10 km em Pequim.
“Senti um pouco o esforço, ma acredito que o resultado tenha sido muito bom, pois ajudou a UNISANTA a pontuar no Brasileiro”, afirmou Ana Marcela, que ainda terá três provas individuais pela frente (200, 400 e 1500 metros nado livre), além do 4×200 metros nado livre.
Quem também ascendeu ao pódio pela UNISANTA foi Isabelle Longo, jovem promessa da natação brasileira integrante da equipe nacional no II Campeonato Mundial Júnior, disputado em Monterrey, no México. Isabelle foi a quarta melhor, com 9m10s49.
SELETIVA – O 37º Troféu José Finkel de Natação/Campeonato Brasileiro Absoluto/Taça Correios, desponta como segunda seletiva para o 13º Mundial dos Esportes Aquáticos de Roma, de 19 de julho a 2 de agosto de 2009. Pelo menos, esta é a proposta do supervisor-técnico da modalidade na CBDA, Ricardo de Moura, que será apresentada à Comissão Técnica permanente da entidade.
O restante da sugestão de Moura é de que a primeira seletiva tenha sido os recentes Jogos Olímpicos de Pequim; e as restantes sejam os três campeonatos disputados simultaneamente em dezembro de 2008 – Troféu Daltely Guimarães (Brasileiro Sênior), Troféu Júlio de Lamare (Brasileiro Júnior) e Torneio Open – e por fim, em maio do ano que vem, o Troféu Maria Lenk. E o índice a ser alcançado seria o equivalente ao 8º lugar do 12º Mundial, em Melbourne, na Austrália, em março de 2007.
Segundo o dirigente “é a primeira vez que exigimos isto, a de um índice que representa a 8ª colocação do Mundial anterior, mas a evolução do esporte determina isto. O nível de exigência está muito alto. Para um evento como as Olimpíadas, dois pontos têm que ser analisados: a dificuldade do atleta manter o foco em quatro anos, e as expectativas erradas, como por exemplo, a de já ter gente apontando Cielo como campeão certo nos Jogos de Londres/2012. E a nova geração que vem por aí é bem forte, o que o Mundial Júnior de Monterrey (México), em julho passado, demonstrou”, afirmou.