A poluição do estuário de Santos, com todas as suas implicações históricas, geográficas e econômicas, desencadeadas a partir da década de 50, esteve na ordem do dia dos debates desta terça-feira, dia 15, do projeto EcoManage, que desde segunda-feira vem sendo promovido pela Universidade Santa Cecília (UNISANTA), com a presença de pesquisadores de seis países.
Ecologia e qualidade da água do estuário santista foi o tema da apresentação da professora Eduinetty Ceci de Sousa, do Instituto Oceanográfico da USP. Ceci traçou um panorama de toda a região, com destaque para os problemas gerados pelo parque industrial de Cubatão. “O sedimento encontra-se bastante contaminado, não só na área das indústrias, em Cubatão, mas também em alguns trechos de Santos e de São Vicente”, revelou.
O trabalho que ora se inicia com o EcoManage, de acordo com a professora, só tende a ampliar ainda mais os estudos, buscando a melhoria da qualidade de vida na região.
Para o professor Gilberto Berzin, da UNISANTA, que coordena os debates do encontro, a experiência apresentada pelo grupo de especialistas só tende a somar com tudo que já vem sendo pesquisado na região ao longo das últimas décadas. “Despoluir o estuário é uma utopia. O que temos de fazer é reduzir as fontes de poluição, geradas não só pelas indústrias do pólo de Cubatão, mas também pelo Porto de Santos”, afirmou. Berzin disse que a maior contribuição a ser dada pelo EcoManage é gerar ferramentas que vão possibilitar a redução dos poluentes lançados no estuário.
Os participantes do EcoManage participam nesta quarta-feira (16), de um passeio de escuna pelo estuário de Santos, ocasião em que vão conhecer o porto, os prédios do Centro Histórico, seguindo para o Sítio das Neves, em Bertioga