Recém chegado de Lima, no Peru, onde dirigiu a seleção brasileira infanto-juvenil feminina na conquista do seu 12º. título sul-americano, o professor Antonio Rizola Neto dará uma aula na Universidade Santa Cecília (UNISANTA), nesta quarta-feira (18/10), às 9h30, para alunos da Faculdade de Educação Física e Esporte (Fefesp), da Universidade.

Atual campeão mundial juvenil, como técnico, Rizola abordará como tema a Formação e Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes, com enfoque ao desenvolvimento motor. A aula será ministrada na Sala 433, do bloco M da instituição de ensino, à Rua Oswaldo Cruz, 277, Boqueirão, em Santos. Às 11 horas, Rizola concederá entrevista à imprensa local.

Rizola Neto vem como convidado do Professor Dr. Antonio de Pádua, titular da disciplina Desenvolvimento Motor. O técnico é também professor de Educação Física e integrante das comissões técnicas da Confederação Brasileira de Voleibol desde 1989.

Técnico de voleibol desde 1978, quando iniciou sua carreira no Grêmio Mogimiriano, em Mogi Mirim, no Interior de São Paulo, Rizola Neto é um dos mais respeitados e experientes técnicos do voleibol brasileiro, com passagens por grandes clubes nacionais e internacionais. De 87 a 90, ele exerceu as funções de coordenador e técnico da equipe adulta de voleibol feminino do Santos FC.

Chegou a ser eleito o melhor técnico da Superliga Feminina na temporada 2001/2002, quando dirigia o Minas Tênis Clube. Nas seleções brasileiras, tem títulos mundiais e continentais, como técnico da equipe juvenil feminina.

Agora, no comando da equipe infanto-juvenil feminina, acaba de conquistar o título de campeão sul-americano em Lima, no Peru, e já prepara as jogadoras para a disputa do Campeonato Mundial de 2007.

No último Mundial Infanto-juvenil, em 2005, em Macau, as brasileiras foram campeãs. Ao todo são duas medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze na história dos Mundiais.

No recém-terminado Campeonato Sul-Americano, o técnico Antônio Rizola e a comissão técnica apostaram em novo esquema de jogo para a seleção brasileira. A equipe jogou no sistema 6 em 2, com duas levantadoras ofensivas e sem líbero.

“Utilizar um esquema de jogo diferente foi um desafio. Mas foi importante para o futuro das seleções brasileiras. Buscamos formar jogadoras para a seleção adulta. O primeiro passo é dar experiência internacional para as mais novas e, desta vez, formar um número maior de levantadoras. E isso deu certo”, diz Rizola.

Encerrada a comemoração de mais um título, o foco da comissão técnica já está voltado para a formação do grupo que defenderá o título mundial no próximo ano.

“As avaliações visando ao Mundial não param. Vamos analisar o desempenho da equipe neste Sul-Americano. Em seguida, avaliaremos qual o tipo de jogadoras ainda precisamos encontrar para complementar este grupo. Na seletiva deste ano, selecionamos 40 jogadoras de interesse nacional, que continuarão a ser acompanhadas. Ninguém tem vaga cativa nesta seleção. Precisamos dar continuidade ao trabalho. As meninas deste grupo serão observadas e avaliadas para o próximo ano”, explica Rizola.

O trabalho de observação começa, com o desenvolvimento do Campeonato Brasileiro de Seleções Infanto-Juvenil feminino da primeira divisão. A competição, ia ser iniciada nesta terça-feira (17/10), prossegue até sábado (21/10), com participação de equipes de Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Maranhão.

E a observação seguirá o trabalho de integração das seleções brasileiras. “O técnico Percy Oncken e o preparador-físico Sérgio Marçan, da seleção juvenil masculina, irão a Maceió para observar e avaliar estas atletas”, ressalta Rizola.