Ana Marcela Cunha, maratonista de águas abertas da Universidade Santa Cecília, foi destaque do programa Olímpico Band Sports, do canal de esportes Band Sports. A gravação da entrevista foi realizada ao lado da Piscina Olímpica da Unisanta. O apresentador Thiago Kansler se refere a Ana Marcela como uma das “maiores maratonistas aquáticas do planeta”.

Em seguida, é dito que a atleta da Unisanta tem 27 anos e 11 medalhas em Mundiais após a campanha de Gwangju, na Coreia do Sul. Na sequência, é falado que as conquistas chegaram cedo na vida de Ana Marcela Cunha. “Com 14 anos, disputou o primeiro Mundial no ano de 2004. E, no ano passado, recebeu o prêmio de melhor do mundo, pela quinta vez”.

Ana Marcela Cunha diz que está há treze anos na seleção e que já participou de seis ou sete campeonatos mundiais. “Acho que comecei muito jovem, comecei muito nova, então isso me ajudou muito. Eu gosto muito do que eu faço”.

Olimpíadas e Pan-Americano

Segundo o programa, a primeira experiência de Ana Marcela Cunha nas Olimpíadas foi em 2008 na China, quando tinha dezesseis anos, e conseguiu um quinto lugar. Em Londres, no ano de 2012, não conseguiu vaga para disputar os Jogos Olímpicos. Entretanto, voltou a disputar a competição em 2016, no Rio de Janeiro, ficando em décimo lugar. A expectativa de Ana, para 2020, em Tóquio, é que de seja um ciclo melhor.

“Eu tenho vivido o meu melhor momento, espero mantê-lo até Tóquio em 2020 ou melhorar. Tenho treinado muito, então tenho visto que  isso que dá o resultado. É você treinar, trabalhar e se dedicar, focar naquilo que você quer realmente. Qualquer resultado vem de muita conquista e consciência daquilo que a gente está fazendo”.

Fernando Possenti, eleito no ano passado como o melhor técnico de 2018 pelo Comitê Olímpico Brasileiro, é técnico de Ana Marcela Cunha, e a nadadora fala que os dois mantêm uma ótima relação de trabalho. O programa também declara que a medalha olímpica pode ser uma consagração para a dupla e toda a equipe de apoio.

“A galeria de medalhas vai ficando mais completa já que no Pan-Americano, Ana levou o ouro nos 10km” é outra frase dita pelo narrador. Sobre o feito, Ana disse que foi uma prova diferente do que vinha nadando devido à temperatura da água. “Nadamos com aquela roupa de neoprene, de borracha. Não me sinto tão confortável, mas todos acabam nadando na mesma situação”.

Sobre a medalha de ouro, a nadadora declara que tem um significado muito grande para ela por ter ocorrido na terceira participação nos Jogos Pan-Americanos, onde ela sempre tentou a conquista.

Inspirações

Uma das referências para Ana Marcela é o também nadador da Unisanta, Nicholas Santos. “Ele com 39 anos e está conquistando várias façanhas nas provas mais difíceis que são as de velocidade. Acaba sendo uma referência para a gente. Poder estar no mesmo clube que ele é ainda melhor ter essa vivência. Então, acho que, apesar de nova, ainda me enxergo tendo ainda mais um tempinho na maratona”.

Outra inspiração de Ana Marcela Cunha é Ayrton Senna, ex-piloto de Fórmula 1, cujo carinho “foi marcado na pele” através de uma tatuagem e também em nadar uma prova, a Capri-Napoli, usando uma touca que lembra o capacete utilizado por Senna.

“Infelizmente não tive a oportunidade de conhecer nem de entender o que ele representa. É um cara ímpar, realmente representava quando eu era criança. Eu vim aos poucos entendendo o significado de tudo, cresci sabendo da história muito por causa do meu pai, que é fanático por ele. O Senna representa volta por cima, história, o cara que ele era não só no esporte, mas para a sociedade. O quanto que ele conseguia mover as pessoas e mostrar para elas o valor da vida e da conquista. Espero conseguir ser também uma referência para as pessoas”.