A natação da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) foi um dos grandes destaques do Campeonato Sul-Americano Absoluto de Esportes Aquáticos, encerrado neste domingo (05/03). Disputada no Complexo de Piscinas Olímpicas Ciudad de Medellín Cezar Zapata, em Medellín, na Colômbia, a competição mostrou a força dos nadadores da instituição de ensino, que juntos, competindo pelo Brasil e Argentina, somaram 17 medalhas, sendo dez de ouro, seis de prata e uma de bronze. Em termos hipotéticos, caso a UNISANTA atuasse como um país, seus representantes teriam terminado na terceira colocação, atrás apenas do Brasil e Argentina.

A seleção brasileira conquistou mais uma vez o título sul-americano na natação. Neste domingo (05/03), a equipe nacional obteve mais 14 medalhas (sete de ouro, cinco de prata e duas de bronze), totalizando 54 (29 de ouro, 18 de prata e sete de bronze). Com isto, o Brasil superou o número de vitórias da última edição, em Maldonado, no Uruguai, em 2004, quando os brasileiros conquistaram 26 medalhas de ouro, num ano olímpico e com uma equipe que ainda contava com o medalhista olímpico Gustavo Borges. No Uruguai, a equipe verde-amarela conseguiu um pódio a mais: 55.

Entre os nadadores da UNISANTA, destaque para foram o jovem Conrado Chede, de 19 anos, ganhador dos 1500 metros nado livre e prata nos 800 livres; Eduardo Fischer, tetracampeão continental, nos 100 peito e prata nos 50; Felipe May, medalha de ouro nos 400 e 800 livres e no revezamento 4×200 livres. Monique Ferreira foi ouro no 4×100 livres e bronze nos 200 livres.

Pela Argentina, a nadadora da UNISANTA Georgina Bardach, conquistou ouro nos 200 costas e 400 metros medley, além de bronze nos 200 medley, 200 borboleta e nos revezamentos 4×100 quatro estilos e 4×100 livres. Juana Pereyra, foi prata nos 1500 livres.

A Argentina veio em segundo no quadro de medalhas, com 30 (8-12-10). Depois vieram Chile, sete (3-2-2); Colômbia, dez (0-3-7); Venezuela, 11 (0-2-9); Peru, quatro (0-2-2); Equador, uma (0-1-0); Uruguai, duas (0-0-2); e Suriname, uma (0-0-1).

Em Medellín, os melhores índices técnicos foram de Kaio Márcio, pela prova dos 200m borboleta e da chilena Kristel Kobrich, pelos 400m livre. Nove recordes de campeonato foram superados, sendo oito por nadadores brasileiros.

A classificação geral ficou assim: 1) Brasil, 552 pontos; 2) Argentina, 347; 3) Colômbia, 236; 4) Venezuela, 230; 5) Chile, 110; 6) Peru, 81; 7) Equador, 63; 8) Uruguai, 34; 9) Suriname, 10; 10) Paraguai, três; 11) Aruba, um. Na divisão por sexo, o Brasil foi o melhor no masculino, com 287 pontos, seguido por Argentina e Colômbia, com 169 e 134, respectivamente; e também no feminino, com 265, à frente de Argentina (178) e Venezuela (133).

“O mais importante é que o Brasil consolidou sua hegemonia no continente, mesmo enfrentando dificuldades como por exemplo, nadar na altitude. Reunimos os atletas que formarão a equipe que irá ao Mundial de Xangai, em abril, que puderam treinar e competir juntos. E vimos o nascimento de uns e a confirmação de outros valores que sobem para substituir a geração anterior. Novos nomes como César Cielo, Conrado Chede (UNISANTA),Guilherme Roth, Gabriella Silva, Daiene Dias, entre outros, que se firmam na América do Sul, com títulos e medalhas, o que lhes darão muita experiência para o futuro”, disse Ricardo Moura, supervisor-técnico da seleção brasileira.

TERCEIRA ETAPA – Na terceira e penúltima, o destaque pela UNISANTA foi o fundista Conrado Chede, que confirmou seu favoritismo nos 1500 metros nado livre, ao registrar a marca de 15m49s72, ficando com o ouro, na segunda colocação. Juan Pereyra, também da UNISANTA, mas pela Argentina, obteve o segundo lugar e a prata, com 16m10s61. Felipe May, da UNISANTA e vencedor dos 400 e 800 livres, foi o quinto colocado nos 1500, com 16m27s64.

Monique Ferreira foi bronze nos 200 metros nado livre, com 2m04s80, e ouro no 4×100 metros nado livre, ao lado de Flavia Delaroli, Manuela Lyrio e Rebeca Gusmão, com 3m54s50. Nesta prova, a equipe Argentina, reforçada pela nadadora da UNISANTA, Georgina Bardach, terminou em segundo, com 4m00s54. Georgina ainda obteve a prata nos 200 metros nado estilo borboleta, com 2m16s75.

Na prova do revezamento 4×100 metros quatro estilos, Eduardo Fischer, da UNISANTA, sagrou-se campeão continental, ao lado de Lucas Salatta, Kaio Marcio Almeida e Guilherme Roth, com o tempo de 3m49s05.

SEGUNDA ETAPA – Na segunda etapa, sexta-feira (03/03), Felipe May Araújo, da UNISANTA, voltou a brilhar no Sul-Americano. Depois da vitória nos 800m livre no primeiro dia, ele venceu os 400m, mesmo estilo, com 4m00s90, e fechou o revezamento vitorioso do 4x200m livre brasileiro, ao lado de Rodrigo Castro, Thiago Pereira e Lucas Salatta, com 7m37s86.

Eduardo Fischer, também da UNISANTA, que havia conquistado ouro para o Brasil, nos 100 metros estilo peito (tetracampeão 2000/2002/2004/2006), ficou com a prata nos 50 metros estilo peito, com a marca de 28s91. Felipe Lima, outro atleta brasileiro, ficou com o ouro, ao estabelecer a marca de 28s69.

Outra atleta da UNISANTA, mais atuando pela Argentina, Georgina Bardach ficou com o ouro nos 200 metros estilo costas (2m21s07) e nos 400 medley (4m53s72).

PRIMEIRA ETAPA – Na primeira etapa de finais, pela seleção brasileira, Felipe May Araújo e Conrado Chede fizeram a dobradinha nos 800 metros nado livre. May foi ouro, com 8m22s44, enquanto Chede garantiu a prata, com 8m23s68. Ouro também para Eduardo Fischer, absoluto na prova dos 100 metros estilo peito, com 1m03s17.

Monique Ferreira, integrando a equipe do 4×200 nado livre, ao lado de Joanna Maranhão, Mariana Brochado e Manuella Lyrio, foi ouro, com 8m28s56. Monique ainda terminou em quarto nos 400 livres, com 4m24s72, enquanto Felipe May obteve o quinto lugar nos 200 livres, com 1m55s92. Georgina Bardach, também nadadora da UNISANTA, conquistou medalha de prata para a Argentina, nos 200 metros medley, com o tempo de 2m19s61.

O Campeonato Sul-Americano Absoluto de Esportes Aquáticos teve o apoio de Águas EPM, Speedo Internacional, Indeportes Antioquia, Inder de Medellín, Aerocivil, Federação Colombiana de Natação e Confederação Sul-Americana de Natação.