Anteriormente já estavam confirmados a Itália e o Japão.

A Universidade Santa Cecília (Unisanta) será sede de quatro países no período de treinamento para os Jogos Olímpicos Rio 2016. As seleções da Itália (natação e triatlhon), Japão (maratona aquática), Eslovênia (natação) e Rússia (natação e maratona aquática) utilizarão as instalações do Parque Aquático da Unisanta no período de aclimatação para os Jogos, em agosto. Conhecida como referência da premissa “educação aliada ao esporte”, a Unisanta é a única da Baixada Santista credenciada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para receber atletas visando a treinos aos Jogos Olímpicos Rio 2016.

A Rússia e a Eslovênia fecharam contrato com a Unisanta na tarde da última quarta-feira (6), através do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que representa as seleções no País. Itália e Japão estão confirmados desde 2015.

“Muitos desses atletas que estão vindos e as equipes técnicas já conhecem a infraestrutura da Cidade e da Universidade porque participam das maratonas aquáticas internacionais. Embora elas sejam em mar aberto, os treinos são feitos na piscina”, explicou o pró-reitor Administrativo da Unisanta, Dr. Marcelo Teixeira.

As semelhanças climáticas entre Santos e o Rio de Janeiro também foram consideradas, segundo Teixeira. Alguns atletas virão em julho, no intuito de se aclimatar à temperatura do Brasil e treinar para a competição. Além do Parque Aquático, os atletas terão à disposição as estruturas da Unisanta nas áreas de saúde, esportivas e outras.

Diferenciais –  “Poucas piscinas no país são olímpicas (50 metros) e cobertas. Isso ajuda no inverno, quando serão disputados os jogos. A permanência das equipes aqui será proveitosa para os nossos atletas, que poderão trocar experiência com esportistas de nível mundial”, disse a professora Rosa do Carmo, coordenadora do departamento de Natação da Unisanta. Também visitaram a Unisanta, com interesse de realizar treinamento pré-olimpíadas, as seleções da Dinamarca, Suíça e Bélgica.

Para Stefano Rubaudo, representante da delegação da Itália, a infraestrutura da Universidade Santa Cecília é ideal para o treinamento dos atletas europeus. “Aqui possuímos uma estrutura que se adapta às nossas exigências. É uma das poucas piscinas do Brasil que tem cobertura, é muito perto do Rio de Janeiro, a cidade é tranquila, não tem a periculosidade de São Paulo, e o clima é muito parecido com o do Rio. Por isso que é a situação ideal para treinar aqui”, destacou Rubaudo.

O Complexo Santa Cecília atende às expectativas dos italianos, porém eles estão com um olhar mais atento para outro quesito: a adaptação. “Vamos chegar aqui com 5 horas de fuso horário. Para cada hora de fuso horário, é necessário um dia para adaptação. Os outros dias servirão para a parte final do polimento e chegar ao Rio com o menor desgaste possível para a entrada da Vila Olímpica”, finalizou o dirigente.

Em visita à Unisanta, o único representante brasileiro do Comitê Olímpico do Japão, Luiz Antônio Takasaki, evidenciou o potencial da nossa região na decisão final. “A Baixada Santista foi escolhida pelo comitê, pois, além de se assemelhar com o ambiente das Olimpíadas no Rio de Janeiro, assemelha-se também com o Japão, por estar no mesmo nível do mar, facilitando, assim, o treinamento dos atletas e até evitando possíveis contusões”, afirmou.

O presidente do Instituto Social de Educação Esportiva, Osvaldo José Assis Pinheiro, que intermediou a vinda da comitiva japonesa para Santos, falou sobre a tradição da Universidade Santa Cecília na natação mundial. “Além de toda a infraestrutura que o Complexo oferece, destaco a importância da história da Unisanta com o esporte, pois atualmente é um dos maiores centros de referência esportiva, tanto para atletas de ponta, como na iniciativa das categorias de base.

Sobre a estrutura – A piscina olímpica e coberta da Unisanta possui profundidade e um sistema que reduz o efeito de marola, o que aumenta o rendimento do atleta e facilita a quebra de recordes.

Além da piscina de 50 metros rápida, há outros diferenciais, como as novas e modernas balizas, recomendadas pela Fina. Trata-se do mesmo modelo de bloco de natação utilizado nas competições internacionais e que será usado nas Olimpíadas 2016.

O Complexo Aquático compreende uma piscina olímpica, a primeira no País aquecida e com teto retrátil, e outra de apoio, para aquecimento e hidroginástica, além das Clínicas de Fisioterapia e Odontologia, o Laboratório de Fisiologia do Exercício do Curso de Educação Física e a Academia de Musculação, com aparelhos de última geração.

Além da Unisanta, a Arena Santos e o Sesc/Santos constam na lista das instalações credenciadas pelo COB na Cidade, para receber equipes internacionais para treinamento.

Equipe olímpica – As duas maratonistas aquáticas que representarão o Brasil nas Olimpíadas Rio 2016, Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto, fazem parte da equipe da Unisanta. Só o Brasil terá duas atletas na prova feminina em 2016. Segundo as regras da Federação Internacional para ingresso nos Jogos Olímpicos, os dez  primeiros países no Mundial dos Esportes Aquáticos do ano anterior têm vagas garantidas (Ana chegou em 3º, e Poliana, em 6º).

“O trabalho pioneiro e iniciado pela Universidade Santa Cecília em provas de Águas Abertas no Brasil hoje rende frutos como essas classificações olímpicas, afirma Marcelo Teixeira, presidente da Associação Santa Cecília Esportes e pró-reitor administrativo da Unisanta. Além de incentivar e investir em atletas em início de carreira, como a Ana Marcela e a própria Poliana Okimoto, a Unisanta já realizou eventos, como o que abre o mais importante circuito mundial de águas abertas, os 10 Km Marathon Swimming World Cup Fina, a Maratona Aquática Internacional de Santos – Unisanta / Troféu Renata Câmara Agondi. As edições da prova, organizada pela Universidade, foram definidas pela Federação Internacional de Natação (Fina) como referência em termos de organização e, sobretudo, segurança.

“Desde nossa primeira edição, temos tomado todas as medidas para oferecer o máximo de segurança e conforto aos atletas, técnicos, dirigentes e o público em geral. Essas ações, além de alcançarem seus objetivos, têm o pleno reconhecimento da Fina”, conclui Teixeira.

Sobre Ana Marcela – Eleita atleta do ano de 2015 pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Ana Marcela conquistou, entre os principais títulos: ouro nos 25km, prata no revezamento misto e bronze nos 10km do Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan; medalha de prata no evento teste – Olimpíadas Rio 2016; eleita a melhor atleta do mundo pela FINA e a melhor atleta de maratonas aquáticas pelo COB (pela 4ª vez); tricampeã do Circuito Mundial 10 km/FINA; campeã e recordista da Travessia Capri – Napoli – 36km; octacampeã do Circuito Brasileiro Cat. Absoluta/CBDA – campeã de cinco das seis etapas realizadas e medalha de ouro/Campeã Mundial de Esportes Aquáticos Shangai – 25 km/FINA.

Sobre Poliana – Poliana Okimoto também tem um histórico brilhante em Mundiais. Em Roma (2009), foi bronze na prova dos 5 km feminino e, em Barcelona (2013), foi ouro nos 10 km, prata nos 5 km e bronze nos 5 km por equipe. Entre as conquistas de Poliana em outras competições destacam-se: 1º lugar no Mundial da FINA 2013 (10 km) – Barcelona, 1º lugar do ranking final do Circuito da Copa do Mundo 2009 – (10 km) e 2º lugar nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 (10 km) – Rio de Janeiro/RJ. Foi considerada pela revista americana “Swimming World” como a melhor atleta do mundo em águas abertas e terminou 2013 eleita como a melhor atleta olímpica do Brasil.

Unisanta na mídia – O assunto foi destaque com 1/3 de página do Jornal A Tribuna- Caderno Esportes, desta quinta-feira (7/4). Confira:

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