O vídeo Pagu – livre na imaginação, no espaço e no tempo, baseado em livro homônimo de Lúcia Maria Teixeira Furlani, foi selecionado pelo Ministério da Cultura (MinC) como um dos 340 melhores documentários dos últimos sete anos, no período de 1995/2001. Lúcia é a autora, fez a narração e o roteiro.
O curta-metragem, dirigido por Marcelo Tassara e Rudá de Andrade, integra o catálogo publicado pelo MinC, denominado Panorama do Documentário Brasileiro – um balanço de 7 anos de produção de documentários brasileiros.
A produção geral do filme é da Universidade Santa Cecília (UNISANTA). Lúcia Teixeira Furlani é diretora-presidente do Instituto Superior de Educação Santa Cecília (ISESC), que mantém o Colégio e a Universidade Santa Cecília.
Na apresentação do catálogo, o ministro da Cultura Francisco Weffort explica que, dos mil títulos veiculados no mercado em exibição, 340 foram selecionados tendo como critério a qualidade. Foi dada preferência às produções independentes e que espelhem nossa realidade em sua diversidade cultural, social e geográfica. “A criatividade e o talento do brasileiro merecem apoio por parte do governo federal”, escreveu o ministro.
Segundo o secretário do Audiovisual do MinC, José Álvaro Moisés, o catálogo servirá como fonte de consulta a várias instituições de utilidade pública.
Distribuição às escolas – O premiado diretor Rudá de Andrade, filho de Pagu e Oswald de Andrade, afirma que o documentário Pagu já entrou na história, pelos prêmios que arrebatou até agora e pela inclusão em seleções importantes. Para Lúcia Teixeira Furlani, “a distinção que livro e curta receberam até agora são um incentivo, já que os dois falam muito de Santos e dos personagens que aqui lutaram pela arte e cultura, ultrapassando fronteiras”.
O vídeo será distribuído gratuitamente às instituições de cultura e de ensino em todos os níveis. Informações pelo telefone (013) 3202-7127, com Dejair.
Outros prêmios – Com diversas premiações, os trabalhos de Lúcia sobre Patrícia Galvão, a Pagu, tem recebido elogios de críticos de cinema, de arte e de literatura. O vídeo ganhou o Prêmio Exu Jorge Amado, da 28ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia e também foi escolhido para iniciar a série 80 anos de Modernismo, produzida pela Fundação Nacional de Arte (Funarte).
O curta-metragem tem duração de 21 minutos e mostra acontecimentos marcantes da política e cultura brasileiras. Desenhos de Pagu, inclusive inéditos do seu Álbum de Croquis e de Federico Garcia Lorca, são atrações à parte.
Ao longo de sua vida, Pagu teve uma efetiva participação na cultura e política brasileira. Foi jornalista, escritora, musa do Modernismo em sua fase mais revolucionária, a Antropofagia, e mulher de dois escritores antropofágicos, Oswald de Andrade e Geraldo Ferraz.
Livro – Desde seu lançamento, em março de 1989, o livro tem recebido críticas elogiosas dos principais jornais e revistas brasileiras e obtido excelente repercussão nos meios acadêmicos brasileiros e estrangeiros, sendo objeto de estudos na Universidade de Berkeley, da Califórnia, Estados Unidos.
No prefácio, o jornalista Geraldo Galvão Ferraz, jornalista e filho de Pagu, fala que “o livro de Lúcia Maria Teixeira Furlani tem garantido um lugar essencial na fortuna crítica e biográfica sobre Patrícia Galvão. As duas nunca se cruzaram na curva da praia, perto da Pedra da Feiticeira ou numa mesa do bar Regina, mas seus espíritos certamente se encontraram (…). Patrícia Galvão e Lúcia se tocaram nessas páginas de oceânicas confluências”.
A autora – Lúcia Maria Teixeira Furlani é psicóloga, Doutora e Mestre em Psicologia da Educação pela PUC-SP e Diretora-Presidente do Instituto Superior de Educação Santa Cecília, que mantém a Universidade Santa Cecília, em Santos.