Cláudio Tucci Júnior, professor do curso de Segurança Pública da Universidade Santa Cecília (Unisanta), foi entrevistado sobre o índice de crimes na Baixada Santista nos últimos 10 anos, em matéria publicada no jornal e no site A Tribuna, no dia 9 de setembro (domingo). Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, as estatísticas oscilam sem grandes variações, com exceção de homicídios que tiveram uma queda.
Segundo o texto, Cláudio entende que o trabalho da polícia ostensiva e repressiva está sendo responsável pela redução na taxa de homicídios. Ele ainda cita a atividade transformadora da polícia comunitária em regiões mais carentes. “Essa interação, de certa forma, supre a sensação de ausência do Estado no combate ao crime”, afirma ele.
O professor, que já foi secretário adjunto da Administração Penitenciária do Estado e chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Segurança Pública, diz que há duas questões que facilitaram a incidência de crimes de furto e roubo: o aumento da oferta de aparelhos celulares e a facilidade de receptação. “Contribuem para esse crime os consumidores de drogas, que conseguem comprar as substâncias entorpecentes com o dinheiro auferido dessas práticas delituosas”, declara Cláudio.
O docente não acredita que seja possível falar de diminuição da criminalidade sem três fatores: “inteligência, tecnologia e integração”. Ele completa dizendo: “Em qualquer outro país o combate à criminalidade se dá com inteligência das informações, uso da tecnologia avançada e integração das ações das diversas forças de segurança pública. Aliado a tudo isso, capacitação e aparelhamento das polícias e demais áreas que integram a segurança pública para o enfrentamento à criminalidade de forma permanente”.