O evento é transmitido de forma on-line neste link: https://www.youtube.com/watch?v=weAb_rDs8Bg

A Profa. Dra. Lúcia Teixeira representou a Unisanta, o Semesp e o Brasil no V Encontro Internacional de Reitores Universia, realizado em Valência, na Espanha, de 8 a 10/5. O evento contou com a presença do presidente da Espanha, Pedro Sanchéz e 700 líderes universitários mundiais e teve como foco o papel da universidade como força motriz para um desenvolvimento econômico mais sustentável.

A educadora participou do painel: Acompanhando a formação ao longo da vida. Durante o debate, ela reforçou que aprender não é uma atividade ou um lugar, é uma força: “É descobrir nos alunos capacidades que eles nem imaginam ainda ter, para que possam cuidar de si, dos outros, desse mundo com tantas desigualdades sociais, conflitos, ameaças às democracias e ao meio ambiente. Educação deve ser contínua, estar presente em toda a vida. Aprender a conviver bem com a tecnologia, importante para o futuro do trabalho, sua natureza mutável e a para uma formação crítica de cidadania digital. Alfabetização digital implica o uso responsável das tecnologias”.

Dra. Lúcia Teixeira e o presidente da Espanha, Pedro Sanchéz

Para Lúcia, a discussão e o debate devem levar a ações efetivas para que os estudantes estejam preparados para atuar e transformar o mundo. O pensamento crítico, criativo e a imaginação podem trazer uma reestruturação cognitiva, com a liberdade intelectual de aprender com os erros. A educação problematizadora exige colaboração, transcender os limites disciplinares para encontrar soluções viáveis e criativas, desaprender de certos padrões rígidos e preconceitos. Na universidade cada vez mais convivemos com um público intergeracional e intercultural e essa realidade deve ser a tônica de uma sociedade inclusiva”.

Outro ponto levantado na apresentação, foi a necessidade de incluir os alunos como parte ativa no processo de ensino, convivendo e se valorizando para dar sentido à sua aprendizagem e à própria vida. “Nesse mundo caótico, muitos não veem perspectivas. No Brasil na população jovem, de 18 a 24 anos, só 18% conseguem chegar ao ensino superior. A maior parte está nas universidades privadas. No mundo e no Brasil precisamos aumentar o financiamento mundial para a educação”, disse Lúcia.

Lúcia lembrou Rita Lee, falecida ontem, homenageando a criatividade, a mulher brasileira, a que lutou pela liberdade e pela alegria. “Uma das suas músicas diz:  Enquanto estou viva e cheia de graça, ainda posso fazer muita gente feliz. O nosso trabalho educativo tem a ver com isso, orientar para que nossos alunos transformem nossas sociedades, ser e fazer mais pessoas felizes e contribuir para os desafios econômicos, sociais e sustentáveis de agora e do futuro”.

Além da educadora, também participaram do debate, Joan Guàrdia Olmos, Reitor da Universitat de Barcelona (UB – Espanha); Edward Embrecht, Reitor Universid Peruana de Ciências Aplicadas (UPC- Peru) e Alexandra Brandão, Responsável global de recursos humanos do Grupo Santander (Portugal). A moderação foi de Guillermo Arduino, que trouxe as perguntas do público.

Os debates são em torno de três eixos principais: aprendizagem ao longo da vida; promoção do empreendedorismo e da inovação; redes e interconexão entre as universidades.