“Monitoramento Fluviométrico em tempo quase real e Modelagem Hidrológica na Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão” e “Rede de monitoramento em tempo real e Modelagem Hidrológica nas Bacias Hidrográficas dos Rios Mogi e Itapanhaú” estão entre os projetos que serão iniciados pelo NPH/Unisanta
A Universidade Santa Cecília, através do Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas (NPH – Unisanta), foi reeleita membro titular do Comitê de Bacias Hidrográficas da Baixada Santista (CBH-BS), no segmento da Sociedade Civil – Universidades e Institutos de Pesquisa para o próximo biênio 2017-2019. Neste novo biênio integrará também como membro titular na Câmara Técnica de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos (CT-PG) e na Comissão Especial para Análise de Empreendimentos (CE-AE), além de auxiliar a Câmara Técnica de Saneamento e Usos Múltiplos (CT-SUM) e a Câmara Técnica de Educação Ambiental e de Divulgação (CT-EAD), como suplente.
Os membros da sociedade civil e dos poderes públicos municipais e estaduais eleitos para o próximo biênio 2017/2019 foram empossados na tarde desta terça-feira (4/4), na AGEM-BS – Agência Metropolitana da Baixada Santista. Na oportunidade, foi aberta a submissão de propostas visando aplicar as verbas disponíveis para projetos de proteção e gestão dos recursos hídricos da região, entre outros objetivos.
Representante e atuante desde a fundação do CBH-BS, nos últimos dois mandatos, o NPH da Unisanta participou de forma mais ativa no Comitê, coordenando duas importantes câmaras técnicas, a Câmara Técnica de Planejamento e Gerenciamento (CT-PG), desde o início de 2016, e a Câmara Técnica de Saneamento e Usos Múltiplos (CT-SUM), entre 2012 e 2016.
De acordo com Maria Wanda Iório, Secretária Executiva do CBH-BS, nos últimos sete anos, o Núcleo de Pesquisa da Unisanta tem prestado preciosos trabalhos para o Comitê. “Na questão do Plano de Bacia, eles trabalharam muito bem as subáreas que hoje nós chamamos de sub-bacias, dos rios, o Rio Guaratuba, o Rio Cubatão”. Wanda diz ainda que muitos estudos ainda precisam ser desenvolvidos e cabe às universidades trabalharem nisso. “Nós agradecemos muito à Unisanta, à direção, que sempre nos abriu as portas, porque o Comitê precisa deste trabalho e a Baixada Santista também.”
Uma das questões apontadas por Maria Wanda como essencial para o Comitê foi a drenagem. “De 60 milhões, que hoje nós temos em carteira, o CBH-BS destinou cerca de 80 ou 90% na questão de drenagem”. Mas para esse novo biênio, o Comitê pretende mudar não só a gestão, mas pensar em outros tipos de ações, além da drenagem. “Hoje nós temos uma divisão de sub-bacia ou subárea e, com isso, nós queremos descobrir qual a disponibilidade hídrica da Baixada, o que é muito importante para o CBH-BS”.
A coordenadora do Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta, Alexandra Sampaio, ressalta que a Universidade Santa Cecília participa do Comitê de Bacias da Baixada Santista desde a sua criação. “Nos últimos anos, o NPH vem atuando de uma forma bastante intensa, com isso, passamos a coordenar algumas câmaras técnicas para, assim, atuar de forma mais direta, ou seja, convocando os membros, elaborando as pautas de discussão”.
Para Alexandra, entre as principais ações desenvolvidas está “a elaboração e aprovação do plano da bacia, que é o documento que norteia as ações do comitê para planejamento do uso dos recursos hídricos aqui na Região.”
Novos projetos – Além do projeto de “Implantação de Sistema de Monitoramento e Previsão da Qualidade da Água por Meio de Modelagem Numérica Ambiental e Desenvolvimento de Base de Dados na Bacia Hidrográfica do Estuário de Santos – SV”, em andamento, o Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta inicia dois novos projetos: “Monitoramento Fluviométrico em tempo quase real e Modelagem Hidrológica na Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão” e “Rede de monitoramento em tempo real e Modelagem Hidrológica nas Bacias Hidrográficas dos Rios Mogi e Itapanhaú”.
“Nós temos em andamento três projetos com o Comitê. Um deles está na fase de finalização e os outros dois nós estamos iniciando, que é o monitoramento das bacias hidrográficas”, completa a coordenadora.
Para o representante da Unisanta no Comitê, o pesquisador Renan Braga Ribeiro, também membro do NPH, as câmaras coordenadas pela Universidade Santa Cecília preparam várias deliberações e auxiliam na tomada de decisão para os investimentos que vão ser feitos no CBH-BS.
“O NPH Unisanta é um importante laboratório de pesquisa que tem conhecimento vasto, tanto na quantidade, como na qualidade dos recursos hídricos e é justamente esse assunto que é tratado dentro do Comitê. O Núcleo, como um centro de excelência nessa área, colabora de forma intensiva nas ações propostas”, afirma do Ribeiro.
Além da Unisanta, tomaram posse outros representantes da Sociedade Civil, representantes das nove Prefeituras da região e Secretarias de Estado, para o período vigente de 1º de abril deste ano a 31 de março de 2019.
O novo presidente é Luiz Maurício, prefeito da cidade de Peruíbe. Para ele, este é um novo e importante desafio. “Vamos aprender juntos com os membros do Conselho. Mas a ideia é aproximar Comitê e prefeituras, até mesmo para ajudar na liberação de recursos e colaborar com toda a comunidade da Baixada Santista.”
Importância do NPH
Há mais de 20 anos, o NPH Unisanta desenvolve pesquisas de interesse público e científico na área de recursos hídricos, com foco em qualidade da água no estuário e bacias hidrográficas na zona costeira do estado de São Paulo, com forte atuação na Baixada Santista. Além disso, utilizando ferramentas computacionais para estudar a hidrodinâmica e a qualidade de água, desenvolveu sistema de previsão e alertas.
Com esses estudos, o NPH Unisanta produz, automaticamente, relatórios, prognósticos e alertas para condições pré-estabelecidas, relevantes para os usuários do sistema, como alertas sobre ressacas, nível do mar, assim gerando e fornecendo sistematicamente informações para as Defesas Civis, algumas secretarias municipais, Sabesp, Cetesb, Praticagem de Santos, entre outros.
Atuam no NPH Unisanta e no CBH-BS a coordenadora, professora e engenheira Alexandra F. P. Sampaio, e o professor Renan Braga Ribeiro, biólogo e pesquisador do Núcleo.
Funções do Comitê
O Comitê de Bacia Hidrográfica é um órgão colegiado da gestão de recursos hídricos, com atribuições de caráter normativo, consultivo e deliberativo e integra o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, segundo o site do órgão.
Os Comitês devem integrar as ações de todos os Governos, seja no âmbito dos Municípios, do Estado ou da União; propiciar o respeito aos diversos ecossistemas naturais; promover a conservação e recuperação dos corpos d’água e garantir a utilização racional e sustentável dos recursos hídricos.
São compostos por representantes de órgãos e entidades públicas com interesses na gestão, oferta, controle e proteção e uso dos recursos hídricos, bem como representantes dos municípios contidos na Bacia Hidrográfica correspondente, dos usuários das águas e representantes da Sociedade Civil com ações na área de recursos hídricos, através de suas entidades associativas.