Em clima cordial, o segundo debate entre os candidatos à Prefeitura de Santos, promovido pela Universidade Santa Cecília avança para as perguntas entre os concorrentes. O encontro é transmitido ao vivo pela Santa Cecília TV e Santaportal.

Estão presentes: Beto Mansur (PP), Eneida Koury (PSOL), Prof. Fábio Nunes (PSB), José Antonio Marques Almeida (PRTB), Luiz Antonio Xavier (PSTU), Nelson Rodrigues (PSL), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), Sérgio Aquino (PMDB) e Telma de Souza (PT).

Os candidatos responderam perguntas propostas pela organização do programa.

Beto Mansur, sobre Esportes – “É muito importante que a gente possa investir nessa área. Santos hoje passou para a segunda divisão no Jogos Abertos. Precisamos fazer um trabalho intenso com a iniciativa privada formar atletas de nível que possam competir. A Cidade tem um celeiro de atletas muito bom, saindo das escolinhas públicas. Precisamos fazer com que eles possam competir com subsídios da Fundação Pró-Esporte. Isso foi algo que, nos últimos anos, diminuiu muito. Precisamos retomar esse trabalho. Queremos voltar a ser campeões nos Jogos Abertos”.

Sérgio Aquino, sob re obras e infraestrutura – “O programa Santos Novos Tempos, que está em andamento, é a solução definitiva para o problema. Vamos resolver todos os problemas de enchentes, inundações e na área habitacional, vamos retirar todas as pessoas que moram em situação inadequada nas palafitas. O programa já está hoje com todos os recursos garantidos, não é uma promessa. É um trabalho no qual darei continuidade. A Zona Noroeste e a Área Continental são regiões estratégicas para o futuro da Cidade”.

José Antonio Almeida, sobre Cultura “A cultura de Santos vive um momento de muita indefinição, quase que em decadência. Queremos que as escolas de samba sejam um evento que traga programas semanais no sentido de trazer turistas. Vamos tratar uma fundação para tratar do samba em Santos, dar chances para que as escolas possam crescer e conseguir verbas”.

Eneida Koury, sobre Educação – “A educação vai mal, tanto em âmbito municipal como em âmbito estadual. Precisamos ver a questão da falta de professores. Os profissionais não se fixam nas escolas, pela falta de estrutura e pelos baixos salários. A hora/aula é R$10, R$11. É preciso equalizar a carga horária e aumentar o valor da hora/aula. Precisamos também oferecer cursos de capacitação que possam se refletir no salário deles. Há professores que, mesmo com mestrado e doutorado, tem os mesmos salários de quem não tem nenhuma capacitação a mais”.

Paulo Alexandre, sobre Saúde – “Vamos colocar para funcionar o Hospital dos Estivadores, que foi comprado pela Prefeitura. Estima-se um custo de R$ 5 milhões por mês. Vamos melhorar e humanizar o atendimento nas unidades públicas. Muitas pessoas demoram horas para ser atendidas. A humanização não será só aos usuários, mas também aos profissionais da área da Saúde. Eles precisam de maior valorização”.

Luiz Xavier, sobre Segurança Pública – “Hoje mesmo vi na TV uma notícia muito triste sobre duas crianças que foram baleadas em São Paulo pela PM. Precisamos rever essa questão. O aumento do aparelho repressivo tem se mostrado ineficiente. As causas sociais da violência precisam ser combatidas na raiz. O prefeito de Santos tem que exigir do Governo Federal e Estadual uma política que minimize a violência. O aumento da repressão não gera o aumento da segurança. Não adianta só aumentar o efetivo da Guarda Municipal, colocar câmeras pela Cidade. É preciso ir à raiz do problema. Queremos uma politica democrática, que proteja a população e que seja controlada pela população”.

Nelson Rodrigues, sobre Desenvolvimento Econômico – “O boom imobiliário está trazendo reflexos negativos, porque ele trabalha com expectativas. Por exemplo, a expectativa do pré sal. E isso reflete no valor dos imóveis, que estão caros de mais. Por isso, muitos santistas tem saído da Cidade. Muitos imóveis em Santos tem preço de mercado compatível com cidades como Nova York. Pelo menos 57% dos santistas são contra o boom imobiliário. O santista está sendo espremido em sua vida, com transporte caro, aluguel caro…”

Fábio Nunes, sobre Turismo – “O Turismo hoje é o quarto vetor da economia santista. Vamos trabalhar no resgate do Centro Histórico, colocar junto aos bondes, veículos antigos. Expansão de novos hotéis, novas acomodações, promoveremos o turismo social, como existe no Rio, com o turismo nos morros. Queremos envolver pessoas das áreas consideradas frágeis da Cidade. Turismo na mata, turismo náutico. O melhor lugar para se mergulhar no Brasil é na Laje de Santos. Temos as canoas e uma série de exemplos que queremos potencializar, oferecendo estrutura e suporte”.

Telma de Souza, sobre Mobilidade Urbana (Preço passagem ônibus) – “O preço é incompatível com o bolso do trabalhador. Temos uma Cidade plana, de curtos espaços, onde o maior trajeto não ultrapassa 15 km. É preciso ter mão firme com o concessionário, exigindo qualidade e preço. Precisamos garantir também o bilhete único. Quando fui prefeita, fizemos o embrião deste projeto. Apostar em outras modalidades de transporte, como a bicicleta e a barca. E principalmente criar uma nova entrada na Cidade”.

Sétimo debate – Este é o sétimo debate com candidatos a prefeituras da Região Metropolitana. Além do primeiro encontro com os santistas, no dia 20 de agosto (às vésperas do início do horário gratuito da propaganda eleitoral no rádio e na TV), a Unisanta já realizou programas com os concorrentes às prefeituras de Mongaguá, Praia Grande, Cubatão, São Vicente e Guarujá.

Quatro blocos – O debate desta noite terá ao todo quatro blocos. No Estúdio A da emissora estão presentes – além dos candidatos, seus respectivos vices e dois assessores diretos. A mediação é do apresentador Irineu Alves, com assistência jurídica do advogado Marcelo Henrique Veronez. Depois de uma rodada de perguntas feitas previamente pelos internautas, via Santaportal, eles farão perguntas entre si e, no último bloco, terão tempo para considerações finais.

Fonte Santa Portal

Fotos Cláudio Macaro Jr.