Colaboração: Wagner Tavares
“Sou louco por rádio, é um fanatismo quase xiita”, disse o radialista.
A turma do quarto ano do curso de Jornalismo da Unisanta teve a oportunidade de conhecer algumas técnicas e histórias do rádio. O locutor Zerri Torquato, convidado pelos professores de Radiojornalismo, Luiz Carlos Bezerra e Wanda Schuman, “bateu um papo” com os alunos na última terça-feira, dia 5.
Ele transmitiu toda a experiência de 31 anos atrás do microfone aos graduandos do curso que já fez, pois formou-se jornalista em 2007 pela FaAC, da Unisanta. Expôs a importância que o curso teve para sua vida profissional. “Foi um divisor de águas”. Conta que isso o deixou mais atento às notícias e à importância delas. O curso também o levou a montar sua própria empresa de assessoria, a ZR COM.
Quando iniciou a carreira, em 1984, as vozes dos locutores ainda eram sérias e bem graves, no estilo AM. Com o crescimento das emissoras FM, teve a sorte de poder ingressar no meio com seu jeito mais solto e com um tom de voz mais para o médio. Trabalhou em várias emissoras FM. Em São Paulo, comandou o microfone da Jovem Pan, da Rádio Globo e da 89 Rádio Rock. No Rio, ficou um período na Rádio Cidade. Em Santos, fez história na Cultura e na Tribuna. Hoje, usa toda a sua prática de radialista, e também o lado jornalista, na Rádio City, em que participa do Jornal do Litoral, programa matinal de debates de assuntos atuais feitos com os convidados.
Torquato trabalhou também em televisão, com passagens pelas regionais TV COM, VTV e TV Tribuna, mas enfatiza a paixão que já era perceptível. “Sou louco por rádio, é um fanatismo quase xiita”. Com essa mesma paixão, contou várias histórias curiosas e engraçadas.
Depois de responder a algumas dúvidas, levou os alunos ao estúdio de som da faculdade para ensinar técnicas de locução, como respiração, reforçar a pontuação e o treinamento com leitura em voz alta. Indicou, inclusive, que um bom exercício seria a leitura das mensagens dos amigos no aplicativo WhatsApp. “Muitas pessoas escrevem sem pontuar as frases, e isso vem a ser uma dificuldade a mais para se ler corretamente os textos”.