Medalha de prata na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), o estudante ficou com uma das quatro vagas destinadas às olimpíadas do conhecimento e irá cursar Engenharia Agronômica na Unesp

As olimpíadas do conhecimento, como a Olimpíada Brasileira de Física (OBF) e a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), são grandes oportunidades para os alunos colocarem em prática todo o conhecimento obtido ao longo dos anos educacionais. Para algumas universidades, no entanto, essas olimpíadas se tornam essenciais, representando uma das principais portas de entrada para o ensino superior.

E foi justamente por meio de uma dessas portas que o estudante do Colégio Santa Cecília, Ian Miranda, de 17 anos, conquistou uma das quatro vagas de Engenharia Agronômica na Universidade Estadual Paulista (Unesp), reservadas para pessoas que se destacam em olimpíadas científicas.

Medalha de prata na MOBFOG de 2024, Ian resolveu abraçar essa chance pouco conhecida para seu futuro. E foi sua mãe, com o olhar atento, quem se encarregou de mostrar essa oportunidade.

“Eu já tinha escutado antes sobre as faculdades disponibilizarem essas vagas, mas quem realmente me abriu essa porta foi a minha mãe. Então, fiquei muito feliz, foi uma coisa que me surpreendeu muito, foi a minha própria mãe que viu e ela falava que eu me dedicava muito nos foguetes. Foi a medalha que abriu essa porta para mim”, explica o aluno.

O interesse de Ian em participar da Mostra Brasileira de Foguetes surgiu em 2023, quando ele, ainda no segundo ano do ensino médio, assistiu a uma palestra realizada por um antigo participante. No entanto, a ideia de construir foguetes e competir em uma área tão complexa parecia distante.

“No momento que ouvi isso, pensei: não é possível, é muito difícil, é uma coisa além do que eu já pensei em fazer, mas eu tive um amigo que me incentivou a fazer e juntou outro amigo e fizemos o grupo com três pessoas”, relembra.

Do apoio escolar à medalha na MOBFOG

A experiência, no entanto, só foi possível graças ao apoio do colégio que, desde seu início, valoriza a formação acadêmica e o desenvolvimento de habilidades extracurriculares dos estudantes. Foi essa parceria que deu a Ian e seus amigos a estrutura necessária para se aventurarem no mundo das olimpíadas científicas.

Para o futuro engenheiro agronômico, o incentivo dos professores foi fundamental nas etapas da Mostra. “Toda a iniciativa científica foi dada pelos professores do Santa Cecília, no caso, o Fábio e a Marilisa, que pensaram no grupo para poder ir. Realmente foi uma oportunidade muito boa. Eu sei que, provavelmente, eu não teria essa vaga sem essa oportunidade, sem todo o processo que ocorreu”, comenta Ian, reconhecendo o papel que a escola teve em sua trajetória.

No início, o caminho foi difícil. A primeira tentativa na Mostra não deu certo, mas a persistência do grupo, que passou o ano seguinte se preparando com mais dedicação, trouxe o prêmio tão esperado: a medalha de prata. “No primeiro ano não deu nada certo, mas no segundo ano a gente entregou de verdade, e aí conseguiu a medalha que abriu essa oportunidade para mim”.

A trajetória e a conquista de sucesso de Ian podem servir de inspiração para outros estudantes que pensam em participar de olimpíadas e competições científicas, não apenas como uma possibilidade futura de ingresso em uma universidade pública, mas como uma forma de se envolver em projetos mais dinâmicos e práticos durante os anos escolares.

“É uma oportunidade muito boa para quem tem mais facilidade com isso e gosta mais de colocar a mão na massa e, quando você consegue ver que alguém realmente chega a algum lugar com isso, acho que é um incentivo muito grande”, finaliza o aluno, com a convicção de que seu futuro está apenas começando.