O trabalho de iniciação científica sobre Transporte Hidroviário de Cargas: Uma Proposta para a Baixada Santista, desenvolvido por alunos de Engenharia Civil da Universidade Santa Cecíia (Unisanta), ficou entre os melhores do País no 14º Congresso Nacional de Iniciação Científica – CONIC.
A pesquisa propõe o incremento de uma alternativa de transporte viável, com aproveitamento do grande potencial aquaviário da região, visando amenizar problemas como os gerados pelo crescente afluxo de cargas em direção ao Porto de Santos.
Os autores são os formandos Glayce Gomes, Júlio César Reis de Jesus e Eduardo Andrade, que foram orientados pelo professor Adilson Luiz Gonçalves.
O grupo obteve a oitava colocação na categoria “Trabalhos em Andamento”, nas áreas de Engenharias e Arquitetura.
De acordo com dados apontados pelos futuros engenheiros, a região da Baixada Santista dispõe de uma rede fluvial com aproximadamente 200 quilômetros de extensão, sendo 35 quilômetros de plena navegabilidade.
“Apesar desse significativo potencial, o transporte hidroviário, tanto na Baixada Santista como em todo Brasil, ainda é pouco explorado, com poucos investimentos representativos, públicos e privados, embora receba destaque governamental, no âmbito do planejamento”.
O transporte hidroviário de carga, integrado aos demais modais disponíveis na região (rodoviário e ferroviário), além de aproveitar os cursos d’água existentes, pode melhorar a mobilidade urbana, pela redução do fluxo de caminhões; reduzir a poluição ambiental e potencializar a expansão da economia regional, favorecendo outros municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Metodologia – O estudo classifica-se como: bibliográfico, qualitativo e quantitativo e foi realizado com base em dados da Codesp, de 2010, sobre navegabilidade dos rios, obras de adequações e avaliações do potencial logístico e econômico da Região. Além disso, a pesquisa incluiu as seguintes atividades:
– Levantamento de projetos e estudos já realizados para a região;
– Levantamento de dados dos rios, relativos à profundidade, influência de marés, calado de embarcações, interferências de obras de arte de engenharia (pontes), locais de fundeio e integração com plataformas retroportuárias e com logística de transportes da Região;
– Definição das condicionantes logísticas, operacionais e físicas do sistema, incluindo a avaliação de embarcações e questões institucionais pertinentes;
– Levantamento dos produtos que possam ser destinados à hidrovia.
Conclusão – Conforme a pesquisa, o complexo aquaviário possui vocação e potencial para transportes de cargas, passageiros e turismo. Foram identificadas cinco rotas que podem ser usadas, especialmente, para o transporte de cargas, sobretudo contêineres. Entretanto, afirmam os autores, os obstáculos como o gabarito de algumas pontes precisarão ser equacionados, para não restringir o tráfego de embarcações de carga ou passageiros.