Sheila Borges, que leciona nos cursos de Fisioterapia e de Farmácia, é coautora de artigo publicado na Ageing Research Reviews. Participou da pesquisa o prof. dr. Nicola Veronese, do departamento de Neurociências Aging Branch, de Padova, na Itália.
“O risco geral de mortalidade na hospitalização em idosos frágeis é 3,49 maior em relação a idosos não frágeis e 2,14 vezes maior em comparação os pré-frágeis. Além disso, foi possível observar que o tempo de internação hospitalar foi maior nos idosos frágeis (13,5 dias) do que nos pré-frágeis (10,5 dias) e não frágeis (8,3 dias). Portanto, ser frágil na admissão hospitalar é um fator de risco para a mortalidade intra-hospitalar”.
Este estudo foi publicado recentemente em uma importante revista internacional, a Ageing Research Reviews, cujo fator de impacto é altíssimo, igual a 10,390. O fator de impacto é um método para avaliar a importância de periódicos científicos em suas respectivas áreas.
Trata-se de uma publicação referente à dissertação de mestrado da Ana Isabel Lopes Cunha, com orientação da professora doutora Natalia Aquaroni Ricci, do Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID. Participaram do estudo a professora doutora Sheila de Melo Borges, da Unisanta e o professor doutor Nicola Veronese, do departamento de Neurociências, Aging Branch, de Padova, na Itália.
No artigo, os autores fizeram uma revisão sistemática e meta-análise do problema. Essa revisão identificou que há uma alta prevalência de fragilidade na admissão hospitalar e que essa síndrome pode ser avaliada por grande variedade de instrumentos. Existem evidências de que a síndrome da fragilidade aumenta o risco de declínio funcional na alta mortalidade (geral, hospitalar, médio e longo prazo) e tempo de internação.
“A partir deste artigo, os autores esperam ajudar os profissionais de saúde a reconhecer esses riscos de desfechos adversos o mais cedo possível nessa população, a fim de orientar suas ações para evitar sua ocorrência”, escreveram os pesquisadores.
Fatores de risco
A qualidade metodológica da publicação foi avaliada por meio da Ferramenta de Avaliação da Qualidade para Estudos de Coorte Observacional e Transversais. (Estudo de coorte é um tipo de estudo em que o investigador limita-se a observar e analisar a relação existente entre a presença de fatores de riscos ou características e o desenvolvimento de enfermidades, em grupos da população.. Em epidemiologia, coorte identifica um grupo de pessoas com uma experiência em comum).
A seleção dos estudos foi realizada de forma independente em duas etapas, por dois pesquisadores, e as discrepâncias foram avaliadas por um terceiro pesquisador. “Inicialmente, os títulos e resumos dos estudos foram avaliados quanto aos critérios de elegibilidade (inclusão e exclusão) e quase foi obtida concordância perfeita”, informa o artigo.
Durante a segunda fase, os estudos pré-selecionados foram analisados na íntegra (texto completo) para confirmar sua elegibilidade, com concordância substancial. Além disso, foi realizada uma meta-análise, ou seja, foi aplicado um método estatístico que permite sintetizar as conclusões dos artigos avaliados em um artigo de revisão, para extrair conclusões a respeito de um determinado assunto. “Estas etapas metodológicas são essenciais para manter o rigor metodológico e confiabilidade dos resultados obtidos no estudo, o que favorece a publicação de um assunto tão atual e importante em relação à gerontologia com este, especialmente em uma revista científica de grande impacto, afirma a professora da Unisanta.
Este artigo está disponível no link: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1568163719301813?via%3Dihub