Cerca de 900 biólogos, pesquisadores e universitários, vindos de 20 estados brasileiros, estiveram reunidos desde segunda-feira (2/7), na Universidade Santa Cecília (UNISANTA), durante o 10º Simpósio de Biologia Marinha da Universidade.
O evento, referência científica no País, além fomentar a discussão de temas pertinentes à área, tem como propósito a conscientização sobre a problemática ambiental da atualidade.
A coordenação do Simpósio ficou a cargo dos professores João Alberto Paschoa, Orlando Couto Jr. e Lucilene Mendes Pais, com a colaboração de estagiários do Curso de Ciências Biológicas (Biologia Marinha) da UNISANTA.
Biologia Básica de Tubarões, Ecossistema Antártico, Ilhas Marinhas do Brasil e Pingüim-de-magalhães foram alguns dos assuntos em pauta nas 12 palestras e 32 minicursos, durante cinco dias de atividades.
Um percurso de escuna pela área do estuário de Santos, com objetivo de realizar um estudo ambiental integrado em ecossistemas estuarinos, e estudos in loco das áreas de manguezais da Cidade e da Praia do Góes foram os pontos altos do evento.
Aulas práticas em laboratórios como as ministradas nos minicursos Importância Econômica e Cultivo de Macroalgas Marinhas e Carcinicultura Marinha, com ênfase em larvicultura, também tiveram grande repercussão.
No último dia do Simpósio (6/7), profissionais renomados discutiram o tema Por que os tubarões atacam? A visão da ciência e do senso comum. Mediada pelo presidente do Núcleo de Pesquisa e Estudo em Chondrichthyes e secretário da Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobrânquios, dr. Manoel Gonzalez, a mesa-redonda contou com a participação do doutor em Ciências Biológicas e professor da Unesp, Otto Bismarck; do coordenador do Laboratório de Oceanografia Pesqueira da Universidade Federal Rural de Pernambuco (LOP-UFRPE), dr. Paulo Oliveira; do diretor científico do Instituto Oceanário de Pernambuco, mestre Luiz Lira; do bolsista do projeto Tubarões Oceânicos do Brasil desenvolvido pelo LOP-UFRPE; além do surfista Charles Heitor, vítima de ataque de tubarão em Recife.
Reconhecimento – Durante a abertura do Simpósio, a representante da Gerência Geral da Petrobras, Adriana Rozza, disse que a empresa faz questão de patrocinar eventos como esse, pois considera a Universidade o local ideal para a discussão de temas essenciais para o futuro da humanidade e do meio ambiente.
Mencionou o interesse cada vez maior da Petrobras em estar próxima da comunidade científica, em especial dos biólogos marinhos, “pois mais de 80% do petróleo extraído vem do mar”. Adriana ressaltou ainda que a Petrobras está aberta para receber projetos voltados ao desenvolvimento sustentável que poderão ser futuramente aproveitados.
A mesma satisfação em apoiar o evento foi demonstrada pelo Líder da Segurança de Meio Ambiente da Dow Brasil – Unidade Guarujá, José Roberto Pereira, que destacou a presença e total apoio da UNISANTA no projeto Mangue Limpo, desenvolvido pela Dow. “Em cinco anos, avançamos muito no que diz respeito à preservação das áreas de mangue na região. Sem a UNISANTA, por meio do Curso de Ciências Biológicas, não seria possível viabilizar esse importante projeto”.
Somente em 2006, acrescentou, o programa de Educação Ambiental atingiu mais de 2 mil alunos da rede pública de ensino, sempre com a atuação de alunos de Biologia Marinha da UNISANTA, coordenados por professores do curso.
O Coordenador de Ciências Biológicas da Universidade, professor João Marcus Miragaia Schmiegelow, enfatizou o prestígio do curso, em âmbito nacional, responsável pela formação de 50% do biólogos marinhos do país, segundo dados da Secretaria da Comissão Interministerial dos Recursos do Mar.