Não é novidade ter dificuldade em Matemática. Pensando nisso, os estudantes Ana Cristina Rodrigues Santos, Bruna Lira e Eric Reis Passos, do curso de Matemática da Universidade Santa Cecília (Unisanta), desenvolveram o trabalho Análise de uma proposta didática pedagógica através de jogos para alunos com discalculia. O trabalho conquistou o 1º lugar em Ciências Exatas no Congresso Brasileiro de Iniciação Científica (COBRIC), realizado nos dias 8 e 9 de novembro.
De acordo com os alunos, em pesquisa realizada pelo IBGE, apenas 11% aprendem o considerado em Matemática, em São Paulo. Os 89% restantes teriam dificuldade em entender a disciplina. Entre os alunos poderia haver algum estudante com discalculia ou uma simples dificuldade. A discalculia pode comprometer as habilidades aritméticas, o raciocínio lógico e os conceitos matemáticos, entre outras dificuldades que podem reduzir o rendimento do aluno. As causas podem ser neurológicas ou por transtorno de aprendizado.
Com o objetivo de auxiliar os estudantes que sofrem com este problema, o grupo propôs a utilização de jogos pedagógicos, que poderiam subsidiar o ensino para os alunos com discalculia, “visto que métodos tradicionalistas de ensino matemático atual se tornaram desestimulantes”.
O trabalho indica jogos de estratégia, lógica e raciocínio como opções dentro do aspecto pedagógico, de modo a despertar maior interesse dos alunos diante dos cálculos matemáticos, além de possibilitar a compreensão da matemática de forma mais divertida.
Foi utilizado o método de pesquisa exploratório, com questionários já reconhecidos e desenvolvidos por especialistas da área de discalculia e psicopedagogos do Brasil, EUA e Reino Unido, além da aplicação de jogos.
Os resultados apresentados na primeira fase apoiam positivamente o uso de jogos pedagógicos. De acordo com a pesquisa e opinião de especialistas, os jogos devem ser aplicados com cautela, bom censo, evitando excesso e sem perder o caráter didático, pedagógico e recreativo.
Na conclusão do grupo, a análise prévia dos dados mostrou que a matemática não é a grande vilã e sim a dificuldade de aprendizado, que deve ser trabalhada com o auxílio do professor, família, escola, políticas públicas e da comunidade.