O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos, no mês de junho apresentou inflação de 0,48%, percentual superior ao apurado em maio (0,26%) e bem superior ao índice de junho de 2013 (0,08%). Em termos de acumulado o mês de junho aponta inflação de 3,04% (no ano) contra 3,38% em 2013 no mesmo período, indicando que a inflação deste ano está mais controlada devendo o exercício de 2014 contabilizar uma inflação pouco menor à de 2013.

As consecutivas elevações das taxas de juros básicos da economia (SELIQ) como medida de controle à inflação surtiram algum efeito, ao ponto do Banco Central ter sinalizado através da ata do Copon a estabilidade no patamar de 11% da SELIQ, entendemos que esta decisão pode ser revista caso a inflação venha com mais intensidade notadamente após as eleições. Outra questão crucial é o equilíbrio fiscal para a qual não há solução encaminhada pelo governo o que certamente dificultara a estabilidade econômica e o crescimento do PIB.

De forma específica, é feita a seguir análise detalhada por grupo, das principais variações apuradas:

–          Grupo Habitação: Foi apurada inflação de 0,50% tendo por influência a elevação do custo dos condomínios em 1%, bem como dos materiais de limpeza 1,7% e do aluguel em 1,4%. O grupo teve elevação de 2,9% no ano.

–          Grupo Alimentação: Apresentou inflação de 0,26%, apesar da redução de preços dos produtos da cesta básica como arroz, carne e produtos in-natura. Os aumentos ocorreram em produtos industrializados 0,78%, leites longa vida 5,5% e alimentação fora do domicilio 0,23%. No acumulado do ano atingiu inflação de 2,28%.

–          Grupo Transportes: Constatou-se forte inflação de 0,90% no grupo, tendo por motivação o aumento no preço dos veículos em 2,6% em média.

–          Grupo Despesas Pessoais: Houve inflação de 0,28% verificando-se que o preço das bebidas não alcoólicas teve reajuste de 0,96%, artigos de higiene e beleza 2,1%, cabeleireira e manicure 0,9%.

–          Grupo Saúde: Foi apurada pequena deflação de -0,04 praticamente estáveis.

–          Grupo Vestuário: Apresentou alta inflação do mês com 2,06% tendo por motivação o reajuste das roupas de mulher com 2,7% de reajuste médio, e as roupas de homem 8% de reajuste, sendo parcialmente compensado pelo decréscimo de preço das roupas de criança em -3,2%. Em termos de acumulado no ano, este grupo já atingiu 5,02% de inflação.

–          Grupo Educação: Apurada deflação de -0,10% devido a queda de preço médio nos cursos regulares em -0,15%, compensando o aumento de 1% no material escolar.

Quadro I – Demonstrativo da apuração mensal e acumulada

O IPC – NESE tem por referência o consumo familiar para famílias com renda até 40 salários mínimos.

Responsável técnico: Economista Prof. Jorge Manuel de Souza Ferreira