Eles constituíram a primeira empresa incubada e a primeira a encerrar o ciclo de startup com sucesso na Fundação Parque Tecnológico de Santos. Foram três anos de trabalho, que já havia repercutido na mídia, em abril deste ano.
Os engenheiros civis Lucas Rosolini, George de Souza Junior e Kelvyn de Souza, formados pela Universidade Santa Cecília (Unisanta), criaram um aplicativo que pode mapear os tipos de solos existentes na cidade de Santos. A ideia é expandi-lo para outras cidades do País.
O projeto, apresentado em junho de 2016 como Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil da Universidade Santa Cecília, foi escolhido para ser incubado na Fundação Parque Tecnológico da região, e teve como orientador o prof. Me. Pedro Manuel Mascarenhas de Menezes Marcão e coorientação dos professores Me. Orlando Carlos Batista Damin e Me. Sandro Roberto Menegatti.
Após três anos de crescimento e graças à formação matemática proporcionada pela Unisanta, além do apoio da Fundação Parque Tecnológico de Santos, o projeto transformou-se na Vasoni Tecnologias, empresa de serviço de sondagem de solos, que utiliza inteligência artificial e detecta os tipos de solo na cidade de Santos, além de fazer o perfil de suas camadas por interpelação e avisar sobre as possibilidades de construção.
“Na Unisanta, montamos nossa equipe e obtivemos todo o aporte intelectual necessário para a concepção da ideia central da startup. Conseguimos o networking necessário para a validação do projeto, além do aval técnico de um qualificado corpo docente. A partir disso e de toda a bagagem técnica dos cinco anos de graduação, tornou-se possível a conclusão do projeto, a entrada no Parque Tecnológico e a abertura contábil da empresa. Agradecemos à Unisanta pelo ensino de qualidade e pela fibra moral adquirida nos anos de faculdade e que nos permitiu chegar onde chegamos”, afirmou Kelvyn.
O trabalho gerou dois produtos: um software racional de inteligência artificial – SORAIA, que faz o reconhecimento facial e de textos no padrão simplificado do Watson da IBM e a SOIL/SONDAGEn, que compara e aprende com as imagens e faz os perfis do solo.
Na mídia – A incubação foi destaque em matéria da página A-3, do jornal A Tribuna do dia (29/4), com o título “Projetos que nascem e crescem”. O texto ressalta que a ideia dos autores é expandir o aplicativo para outras cidades da região e, depois, para o restante do País. A principal beneficiada pelo projeto será a indústria da construção civil, pois saberá com muito mais precisão em qual tipo de terreno estará erguendo um imóvel. Segundo o aplicativo, o projeto poderá baratear o custo da construção civil.
“Se o solo é muito mole, você precisa ter pés maiores para não afundar. A largura e o comprimento da fundação acabam encarecendo a obra”, explica Kelvyn. Ele acrescenta que o projeto ajudará as construtoras na sondagem do terreno, que realizam um furo no solo para saber o que há sob a terra. “A pessoa ainda terá que fazer a sondagem, porque isso é norma. Mas ela terá um conhecimento ampliado entre os pontos de sondagem”. Sem o estudo prévio sobre o terreno, poderão surgir surpresas indesejadas elevando os custos.
Com esse novo método de estudo, os resultados serão cadastrados e ficarão disponíveis em um sistema on-line e, `com a ação de engenheiros, parte do valor arrecadado seja revertido para quem postou a sondagem’.
Trabalho de Conclusão de Curso – A ideia do projeto foi desenvolvida pelos engenheiros ainda na época da faculdade como TCC do grupo que teve com o tema “Aplicativo de Processo de Dados de Sondagens. Após a aprovação, o grupo resolveu incubar o projeto na Fundação Parque Tecnológico de Santos (FPTS). No entanto, todo projeto precisa, antes, passar por avaliação. Representantes do Sebrae, de universidades, Associação Comercial de Santos, Prefeitura e FPTS participaram da banca examinadora.
Conforme o jornal A Tribuna, na época, a empresa incubada pagava R$ 200,00 mensais à Prefeitura. No segundo ano, R$ 400,00 e, no último, R$ 600,00 por mês. Com esse valor, a empresa tem direito a uma sala com ar-condicionado, endereço, CNPJ, isenção de taxa de licença, IPTU e ISS. Além de convênio com universidades para promover treinamento sobre como empreender.
O grupo possui outra empresa de engenharia civil para pagar as taxas enquanto desenvolve o projeto e sobrevive financeiramente. Essa empresa faz serviços de obra e reforma.