Dinheiro dá em árvore? E no mar ? Esse é o título do artigo publicado por Lúcia na seção Tribuna Livre desta segunda-feira (17/3)

“Se atribuirmos um valor financeiro aos serviços prestados gratuitamente pela natureza, quem sabe deixaremos de agir como se os recursos do planeta nunca fossem acabar”.
Assim, de forma objetiva e certeira, a presidente da Universidade Santa Cecília (Unisanta), dra. Lúcia Maria Teixeira Furlani, mestre e doutora em Psicologia da Educação, propõe uma reflexão sobre os riscos à sobrevivência do homem diante do aquecimento global e a indiferença da humanidade diante dessa perspectiva sombria.

“As temperaturas estão, a cada ano, cada vez mais quentes no planeta; a diminuição do mar congelado do Ártico desestabilizou um padrão climático e correntes de jato criam zonas de frio e calor extremos no mundo”, afirma a educadora e pesquisadora. O título do artigo publicado em A Tribuna, dia 17/3, pág. A-2, é uma referência ao título do livro do ambientalista inglês Tony Juniper, que, advertiu: O que a Natureza Fez por Nós – Dinheiro Dá Sim em Árvores).

Escreveu a educadora: “Em uma sociedade habituada a valorizar os ganhos materiais a qualquer custo, quantificar o que de graça recebemos serve de alerta, antes que se acabe o que nos sustenta. O ambientalista inglês Tony Juniper , no livro What has Nature Ever Done for Us – How Money Really Does Grow on Trees (em tradução livre , O que a Natureza Fez por Nós – Dinheiro Dá Sim em Árvores) vai nessa direção”.
A reflexão de Lúcia se reporta à mortandade de pequenos peixes mortos vistos na linha da maré das praias de Santos, há alguns dias. Ela menciona ainda citações de Monteiro Lobato e dos índios Cree, sobre a indiferença da humanidade diante dos riscos ao planeta.

O artigo propõe a aproximação entre os pesquisadores e o poder público, como um dos caminhos para preservarmos “os sistemas de manutenção da vida na Terra, abusados sistematicamente”. Como exemplo, cita o aproveitamento dos peixes desprezados pela pesca predatória , que descarta espécies sem valor comercial, e que podem ser aproveitadas em merenda escolar de escolas públicas, como demonstrou pesquisa de professores da Unisanta, na década de 90. “A cooperação firmada recentemente, entre Sabesp e Universidade Santa Cecília, inédita no Brasil, avança nesse sentido, ao medir a balneabilidade do mar com diferentes padrões”, afirma Lúcia.

Leia o artigo