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Aparelhos eletrônicos, teclados e mouses agora poderão ser higienizados completamente, com a ajuda de uma caixa desinfetadora de ultravioleta germicida. Os alunos Aguinaldo Júnior, de 21 anos, estudante de Engenharia da Computação, e Ricardo Steger, de 41 anos, de Engenharia Mecânica, ambos da Unisanta, foram os criadores do projeto que tem como objetivo combater o coronavírus em pequenos objetos.

A ideia surgiu de uma necessidade de fazer uma limpeza profunda em aparelhos que não podem ser limpos com álcool em gel, seja pela dificuldade de alcançar pequenas extremidades ou pela chance de sofrer curto-circuito.

Após muitas pesquisas, Aguinaldo e Ricardo descobriram a lâmpada germicida, que tem uma luz especial capaz de matar microrganismos, seres vivos unicelulares, bactérias e vírus em geral. No entanto, essa luz pode ser prejudicial à saúde humana provocando alergias e até lesões com potencial de evoluir para câncer de pele.

Engenheiro de computação e professor da Unisanta, Sérgio Schina é o orientador do projeto e patrocinador dos materiais utilizados. Ele seguiu as normas de segurança dos responsáveis. “Existe uma norma internacional que permite o uso com toda a segurança possível. Então, conseguimos controlar o tempo de exposição da lâmpada na produção do equipamento, preservando a saúde do usuário”, relatou.

Aguinaldo e Ricardo fizeram uma caixa de MDF de 3mm utilizando materiais em 3D. Dentro dela, são colocados os objetos próximos da lâmpada, de forma que a luz não fique exposta a quem está ao redor. O processo de esterilização dura cerca de 15 segundos.

De acordo com Ricardo, a construção da caixa de papelão foi fácil, a parte demorada foi fazer a automatização, a confecção da placa e a programação. O projeto é automatizado com sensores nos quatro cantos que detectam quando há algum problema. Em caso de erros, o sistema de segurança desliga a lâmpada automaticamente.

“Eu fiz o desenho da caixa e a confecção. O Aguinaldo foi responsável por produzir toda a parte eletrônica. A construção demorou em torno de três semanas. Nossa preocupação foi prender alguns componentes com ímã para facilitar manutenções e limpezas”, contou o estudante de engenharia mecânica.

A proposta de confeccionar um equipamento seguro de higienização de pequenos objetos eletrônicos foi concluída. O dispositivo segue todas as normas de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate à Covid-19.

Interessados em obter um exemplar podem encontrar, dentro do site Inovfablab.unisanta.br , todos os arquivos de instrução para replicar a caixa desinfetadora, o circuito, os componentes e a modelagem em 3D. Está disponível

para o domínio de uso público com total segurança.

Com o projeto desenvolvido com sucesso, agora os estudantes de engenharia fazem a limpeza dos computadores e aparelhos todos os dias pela manhã, visando à utilização segura de todos.

Desenvolvimento – O projeto foi desenvolvido inteiramente no Inovfablab dentro da Universidade Santa Cecília. O laboratório de fabricação digital nasceu com o intuito de aproximar a comunidade acadêmica de equipamentos com caráter semi-industrial. A ideia foi bem aceita pelos alunos e amantes de projetos tecnológicos.