Os materiais foram produzidos por alunos do primeiro semestre na disciplina de Fundamentos da Infância. Jogos para a inclusão social também foram expostos
54 estudantes do primeiro semestre do curso presencial de Pedagogia da Universidade Santa Cecília (Unisanta) tiveram seus trabalhos artesanais mostrados na XVI Exposição Interativa de Materiais Lúdico-Pedagógicos, que aconteceu na noite de segunda-feira (18/6), no Bloco M da instituição.
A confecção dos brinquedos e jogos faz parte do projeto pesquisando, criando e brincando, da disciplina de Fundamentos da Infância promovida pelo curso. “Eles foram divididos em grupos, com 6 ou 7 alunos, e cada equipe desenvolveu uma pesquisa, para depois, criar o trabalho de forma artesanal”, conta a docente Maria Cristina da Silva Pereira Alves, coordenadora de Pós-Graduação Lato Sensu da Unisanta.
Os estudantes criaram diversos tipos de jogos para que qualquer criança pudesse brincar. Entre os materiais lúdicos inclusivos, havia um quebra cabeça de texturas para que crianças com deficiência visual. “Nós quisemos fazer um jogo de inclusão para criança deficiente, para a criança vidente vivenciar o que a criança que não enxerga, passa. Então nós montamos um quebra-cabeça com texturas, com partes macia, lisa e áspera”, comenta Isabella, que fazia parte do grupo superação e inclusão.
Ela explica que no tabuleiro há peças e nichos em que a criança deve passar a mão e ao sentir as ordens da textura, deve procurar as peças e colocá-las na mesma ordem encontrada. “O jogo tem dois níveis de dificuldade: o nível mais difícil tem as três texturas em um palito e do outro lado é o mais fácil, que são todas as texturas iguais. É muito especial, porque nós não temos essa sensação do que é viver o que a criança não vidente passa, e com o jogo a gente conseguiu vivenciar isso”
Outro jogo exposto durante o evento foi o ‘Caminho para a escola’, que consistia em um tabuleiro com um caminho, em que o ônibus escolar deveria passar até chegar à escola. Cada casa de cor diferente, representava uma pergunta que a criança deverá responder. “O jogador que chegar primeiro na escola ganha. A gente tem o dado, a ampulheta e cartas de diversas cores que são correspondentes às casas do tabuleiro. Cada cor representa uma matéria”, comenta a estudante Letícia.
Ao jogar o dado, o peão anda conforme o número tirado pela criança até a casinha correspondente, Leticia explica que são perguntas de matemática, português e se o jogador acertar, ela anda uma casa, se errar, fica parada. “Além disso, nós temos as cartas ‘pode-não pode’, que são cartas que tem coisas que a criança deve fazer na escola e o que não deve”.
Os materiais que estavam sendo expostos na XVI Exposição Interativa de Materiais Lúdico-Pedagógicos serão doados à brinquedoteca “BrincaSanta”.