A experiência de Portugal, que conseguiu resolver muitos de seus problemas de acessibilidade em seus portos, poderá ser útil a alunos e pesquisadores da Unisanta, em diversas áreas, afirma o dr. João Figueira de Souza, da Rete em Portugal e professor da Universidade Nova de Lisboa.  Por extensão, essas pesquisas beneficiarão a comunidade portuária.

Portugal conseguiu resolver muitos de seus problemas de acessibilidade aos portos. Não todos, mas a situação está  bem melhor hoje, afirmou o dr. João Figueira de Souza, membro do Comitê Científico Internacional da Associação para Colaboração entre Portos e Cidades (Rete)  e docente da Universidade Nova de Lisboa. Ele elogiou a iniciativa do Rete/Unisanta, ao promover os debates  sobre a acessibilidade ao porto de Santos entre representantes das visões estatal, dos modais de transporte e dos empresários, durante os dias 12 e 13 de setembro últimos.

As portas estão abertas a pesquisadores e alunos da Unisanta com projetos específicos sobre portos e outras áreas do conhecimento, acrescentou. Para o professor, os problemas aqui são maiores porque o porto de Santos “é gigantesco”, mas há uma disposição muito grande dos envolvidos em buscar soluções. “Saio daqui com uma imagem positiva, aprendi muito  com a realidade de Santos”.

A média de movimento dos portos portugueses está em torno de 20 milhões de toneladas, enquanto Santos, o maior porto da América do Sul, movimentou mais de 104 milhões de toneladas em 2012. Uma das mudanças ocorridas em Lisboa foi a transferência, para o centro de Lisboa,  do terminal para passageiros de cruzeiros, o que favoreceu os turistas, uma vez que eles foram afastados do local das operações portuárias.  E o que Santos deverá fazer, com o terminal de passageiros projetado para o Valongo.

Lisboa não tem as dificuldades geográficas de Santos, como acesso por uma serra com pistas de grande movimento. De uns dez anos para cá, não há mais caminhões na cidade, pois existem vias próprias para eles. Há também áreas de expansão próximas. Com esses fatores, a capital portuguesa consegue conviver bem com seu porto. Recentemente, ela foi considerada a cidade que melhor recebe o turismo de curta duração na Europa.

João Figueira de Souza fez palestras nos períodos da manhã e da noite sobre o tema Logística e Planejamento em Cidades Portuárias, no Seminário Acessibilidade ao Porto de Santos, realizado dias 12 e 13 de setembro, no auditório do Bloco E.

Figueira de Souza, um dos dirigentes internacionais do Comitê Científico da Rete, é doutor em Geografia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa, Mestre em Transportes  pelo Instituto Superior Técnico da mesma Faculdade e autor de diversas publicações sobre os temas a serem discutidos.

 

Debatedores Joao Figueira