TEP/Unisanta apresenta o curta-metragem Alzira Rufino – Eu, Mulher, Negra Resisto, no Cineclube Lanterna Mágica

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O recém-lançado curta-metragem Alzira Rufino – Eu, Mulher Negra, Resisto, realizado pelo Teatro Experimental de Pesquisas da Unisanta, em homenagem à ativista negra Alzira Rufino, será exibido no próximo dia 14/05, no Cineclube Lanterna Mágica (Unisanta), em sessão única aberta ao público, às 19 horas.

O curta Alzira Rufino – Eu, Mulher Negra, Resisto (mesmo nome recebido por uma de suas primeiras publicações – Eu, Mulher Negra, Resisto) foi realizado através da materialidade do recolhimento de fatos, registros e arquivos, documentos e falas de pessoas próximas a ela, marcadamente de seu círculo de militância e convivência, buscando aproximar o mais próximo possível da tridimensionalidade que a represente. Contou com roteiro e direção de Gilson de Melo Barros e participação de vários expoentes ligados às lutas sociais lideradas por Alzira.

Alzira Rufino, criadora da Casa de Cultura da Mulher Negra nos anos 90, uma de suas obras mais conhecidas, de procedimento incansável e marcante na cidade de Santos, com reconhecimento que transcende as fronteiras nacionais, foi um dos nomes mais importantes e atuantes da cultura da Baixada Santista, mais precisamente a partir dos anos 80. Batalhadora incansável em defesa ao direito do lugar de fala e reposicionamento das vozes das mulheres, sobretudo da mulher negra, com intenso trabalho desenvolvido em prol dessa categoria.

Através do coletivo Casa de Cultura da Mulher Negra, organizou uma extensa lista de ações a serem desenvolvidas e garantidas às mulheres negras da região. Essas ações incluíam assistência jurídica e psicossocial, abrigo, apoio a inciativas de inclusão, orientação e direcionamento na formação e desenvolvimento de carreiras artísticas, programas de combate à violência doméstica, entre inúmeros projetos que se tornaram vitoriosos e reconhecidos internacionalmente, garantindo-lhe incontáveis menções de aprovação e mérito pela sua luta constante e posicionamento progressista, estendendo-se à importantes iniciativas orientadas à participação do povo negro em movimentos culturais e artísticos da região, como a criação da revista EPARREI, o coral de crianças negras Omó Oyá e o Grupo de Dança Afro Ajaína, entre tantas outras contribuições para a cultura da região e sua sedimentação, além de várias publicações próprias cuja produção afina-se com a tendência da chamada “Geração Quilombhoje”, no sentido de uma literatura empenhada em promover a cultura afro-brasileira, a autoestima da população afrodescendente e o combate a todos os tipos de discriminação racial.

Vale lembrar que o trabalho contou para sua realização, com o apoio efetivo da Secretaria de Cultura de Santos, através da Lei de incentivo Paulo Gustavo, e com o apoio cultural e logístico oferecido pelo Unisanta, onde o grupo sedia a produção dos seus trabalhos.

Sejam bem-vindos e viva ALZIRA RUFINO!

 

SERVIÇO

CINECLUBE LATERNA MÁGICA

Rua Cesário Mota, 8 – Bloco E, 5º andar, Boqueirão/Santos

Entrada franca