Relator da Reforma da Previdência e formado na Unisanta, Samuel Moreira ministra palestra e elogia a Faculdade

489

“A Engenharia do Santa Cecília foi fundamental para minha formação”, comentou o deputado. “Tínhamos uma carga muito puxada de ensino”, afirmou, manifestando sua alegria em rever seus ex-colegas.

texto: Érika Alencar e Santa Portal 

Relator da reforma da Previdência (PEC 6/19), o deputado federal Samuel Moreira (PSDB) ministrou palestra e visitou as dependências da Universidade Santa Cecília (Unisanta), na manhã desta sexta (25/10). Formado há 35 anos na 9ª turma do curso de Engenharia Civil da Unisanta, Moreira aproveitou a oportunidade para conhecer algumas instalações, além de participar de entrevistas e rever docentes e amigos de turma.

“Foi uma alegria imensa rever tantos amigos. Participei do diretório acadêmico e, como estudante, tínhamos uma carga muito puxada de ensino. Estudávamos muito nos feriados e fins de semana. Para as semanas de provas, começávamos a estudar 15, 20 dias antes, dia e noite sem parar, e ia até as provas. A Engenharia do Santa Cecília foi fundamental para minha formação”, comentou o deputado, ligado ao Vale do Ribeira – cresceu em Miracatu e foi duas vezes prefeito de Registro, além de deputado estadual em outras duas ocasiões.

Durante a palestra ministrada aos alunos da instituição, o deputado relembrou muitos momentos dos tempo de faculdade. “A Universidade era super puxada. Lembro das provas de Pontes, por exemplo. Eram provas de seis, sete horas direto e era interessante porque o professor deixava a gente consultar, mas mesmo assim era preciso fazer muitas contas. No cálculo de Pontes, se você errasse um pontinho aqui atrás, gerava uma consequência lá no final e você tinha que voltar. Os professores eram muito bons e atuantes”.

Para poder se dedicar bastante aos estudos, ele morou, em Santos, na pensão da pensão da Dona Zita, que transformou uma garagem em quarto. Também dividiu o quarto com amigos e morou em república. De acordo com o deputado, a escolha pela Engenharia foi certeira.

“Acho que escolhi o curso certo porque a Engenharia me deu muita visão, um ponto de vista maior da Ciência Exata. Percebi que o engenheiro consegue ter uma visão mais generalista de várias coisas, então também foi bom para minha a profissão”, afirmou. Antes da área política, Moreira atuou como engenheiro na Sabesp.

O deputado foi recepcionado pela Alta Direção da Unisanta, que o acompanhou durante a visitação às instalações e atividades da instituição, como o Laboratório de Operações Unitárias, o InovFabLab, a Clínica de Odontologia e o Congresso Brasileiro de Iniciação Científica, além da palestra proferida no Auditório do Bloco E.

 

Reforma da Previdência – Reeleito com 103.215 votos nas eleições do ano passado e com uma larga experiência na política, o deputado comentou a respeito da aprovação no Senado da Reforma da Previdência, da qual foi relator. Os presidentes da Câmara e do Senado, inclusive, devem promulgá-la nos próximos dias, pois trata-se de emenda constitucional e sem necessidade de sanção do presidente Jair Bolsonaro.

“O processo está concluído com um resultado fiscal importantíssimo de R$ 800 bilhões de economia em 10 anos. Para a Previdência, é muito importante essa equação fiscal, pois está quebrada”, afirma o deputado. “Agora é lutar para que o Governo tome as medidas e melhore o País porque, com a Reforma da Previdência, as condições estão criadas e as esperanças são muito boas. Sem ela, o País estava completamente inviável”, emenda.

O deputado federal também acredita que as mudanças no processo de aposentadoria irão ajudar na correção de injustiças sociais no País em relação ao assunto, causadas pela concessão por vezes antecipada do benefício, em momentos em que a pessoa ainda teria condições de seguir trabalhando.

“O Brasil é um país no qual estamos vivendo mais, graças a Deus, mas isso custa. Você paga mais tempo a aposentadoria das pessoas. É bom viver muito mais, mas não é bom se aposentar com 45, 48, 50 anos. Isso é muito injusto, pois tira daquele que tem 70, 75 anos,  idade em que a vida é mais difícil, uma aposentadoria melhor por ter que dividir com aqueles de idade muito menor. Vamos perdendo capacidade laboral ao longo do tempo e,  na velhice, em alguns momentos, nem se consegue trabalhar. E a única coisa que vai nos sustentar lá na frente é a aposentadoria, esse seguro. Então ela é realmente para quem trabalhou a vida toda, aquele mais idoso. Precisamos garantir essa aposentadoria para a Terceira Idade”, explica.