Mestrado Profissional como o de Engenharia Mecânica, iniciado neste sábado (19/3), na Universidade Santa Cecília (Unisanta), ajudará o País a enfrentar a escassez de engenheiros qualificados que as indústrias brasileiras e o País tanto necessitam neste momento e no futuro próximo. A opinião é do Professor Doutor José Roberto Cardoso, manifestada durante a Aula Magna do Programa de Pós-Graduação Mecânica.

O Mestrado Profissional é mas rápido, voltado para demandas das indústrias, enquanto o Mestrado Acadêmico é um pouco mais lento e de interesses mais amplos. O Pré-Sal e o setor industrial, em vários segmentos, serão beneficiado com os mestres a serem formados na Unisanta, afirmou Cardoso, que é livre docente em Engenharia Elétrica e professor titular na Escola Politécnica da USP.

O Mestrado Profissional de Engenharia da Unisanta vem ao encontro das necessidades do País, pois não há profissionais pós-graduados com essa qualificação nas empresas. São eles que praticam a inovação em larga escala e transformam o conhecimento em riqueza.

“Precisamos fazer patentes, que são em número muito pequeno no Brasil. Para que isso ocorra, se faz necessária a qualificação com foco nas empresas, acompanhando assim o crescimento de nosso parque industrial”.

Enquanto o Brasil não tem mestres e doutores que dominem os conhecimentos exigidos pelo mundo atual, o País recebe mais de 20 mil profissionais estrangeiros com visto de trabalho. Daí a importância de fazer um mestrado profissional em Engenharia.

“Em 2010, o Brasil formou 10.500 doutores, dos quais 11% na área de Engenharia. Desses, quase a totalidade ficou na Academia e poucos foram para indústrias ”, acrescentou o Dr. José Roberto Cardoso. Os doutores e mestres formados na Academia não sabem gerir projetos e não gostam das cobranças próprias de uma empresa, disse ainda.

Elogios – “Minha vida teria sido completamente diferente se eu não tivesse passado pela Unisanta!, declarou Cardoso. Ele elogiou a Reitora e a Presidente da Universidade, respectivamente Sílvia Ângela Teixeira Penteado e Lúcia Maria Teixeira Furlani, “pessoas que fazem diferença na Educação”.

O  palestrante coordenou o Mestrado Institucional entre a Unisanta e a USP, no período de 1998-2000 e o curso de Engenharia Elétrica da Unisanta. Realizou um Pós-Doc no Laboratoire d´Electrotechnique de Grenoble na França, no período 1987-1988.
O tema de sua palestra foi Ciência e Tecnologia: O Desafio da Engenharia.

Tradição em Engenharia – “Esse é um dos momentos mais importantes da história da Unisanta, que já mantém há 16 anos experiência no campo do mestrado”, disse a Reitora. Citou o convênio interinstitucional com a Escola Politécnica da USP e com instituições da União Europeia, “que deram embasamento para origem dos nossos mestrados atuais” .
“São poucos os mestrados nessa área no País e este é o primeiro da Região”, continuou. “A tradição dos cursos de Engenharia da Unisanta, que já formou mais de 8 mil engenheiros num período de 40 anos, além da estreita relação que a Universidade tem com as indústrias, dá respaldo a esse novo mestrado, aprovado por unanimidade pela CAPES”.
Lúcia Maria Teixeira Furlani destacou o pioneirismo da Instituição em formar profissionais para atender à demanda da Região e do País. “A Unisanta foi ousada em criar o primeiro curso noturno de Engenharia da Região e um dos poucos do País, em 1971, em resposta às necessidades do Parque Industrial. Hoje, o Complexo Educacional Santa Cecília completa 50 anos de existência, 40 anos dos cursos de graduação, 35 anos de Pós-Graduação e comemora a instalação do Mestrado Profissional, que é um grande passo para o Brasil”, finalizou a educadora e dirigente da Unisanta;.

Em 19 de março de 2011- Assecom –