Inflação em Santos medida pelo IPC – NESE/UNISANTA aumenta em nível mais acelerado

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pelo Nese/Unisanta para Santos, em outubro, aumentou 0,62%, percentual que confirma a retomada da inflação iniciada em setembro, com 0,77%, depois de um moderado crescimento em agosto e de três meses de deflação. No setor de alimentação, o aumento já atinge 8,16% desde o começo do ano.

O índice de inflação já teve um crescimento muito forte no início do ano, posteriormente a economia se estabilizou ajustando os preços a uma nova realidade de crescimento econômico moderado. Agora houve a retomada da inflação “em nível mais acelerado”, em todos os grupos.

Grupo Habitação: Apresentou inflação de 0,58%, devido ao reajuste no subgrupo manutenção do domicílio em 1,12% destacando-se os serviços domésticos e conservação com reajuste de 2,28%. O aluguel manteve alta de 0,7% no mês, colaborando para a obtenção da inflação apontada. O NESE/UNISANTA destaca a redução do preço dos equipamentos do domicilio em -1,7%, o que possibilitou uma compensação parcial dos aumentos. O grupo habitação tem inflação acumulada de 4,07% no ano.

Grupo Alimentação: Após o expressivo aumento em setembro, a alimentação volta a subir atingindo índice de 0,92%. Quanto aos subgrupos, os aumento dos semi-elaborados ( 3,42%) e dos Produtos in-natura (2,39%) foram os responsáveis pelos maiores aumentos. Do primeiro subgrupo, os maiores aumentos foram das carnes bovinas, (2,82%, do frango (9,8%), o feijão (28,8%) e do leite (2,33%) em média.

No subgrupo dos produtos in-natura, destaques para os legumes com 7,97%, os tubérculos (4,97%) e as verduras 4,88%. No ano a alimentação já aumentou em 8,16%.

Grupo Transportes: Também apresentou inflação em 1,21% motivada por aumento no preço dos veículos em 1,36% e do etanol (álcool) em 9,37%.

Grupo Despesas Pessoais: Constatou-se a inflação de 0,23%. Os itens que mais influenciaram foram: viagens 0,75%, livros não escolares 2,67% e artigos de higiene e beleza, 1,4%. No acumulado do ano este grupo aponta aumento de 4,46%.

Grupo Saúde: Apresentou pequena inflação de 0,05% ocasionada pelo aumento dos preços de produtos farmacêuticos em 3,96%.

Grupo Vestuário: Apurada nova forte inflação de 0,92% provavelmente devido à chegada de nova estação, renovação de estoques e fim das promoções de inverno. As roupas de mulher tiveram o maior aumento com 5,42%, compensado parcialmente pelas roupas de homem que tiveram queda de -4,89% e das roupas de criança com redução de -7,26%. Outros efeitos favoráveis a inflação foram gerados pelos aumentos dos calçados em 1,95% e pelos tecidos com vigoroso ajuste de 9,8% Em termos de acumulado verifica-se que o grupo vestuário está ainda mais barato que em 2009, o que possibilita novos aumentos de preço no ano.

Grupo Educação: Houve também inflação de 0,08% em razão do acréscimo no preço do material escolar em 1,60%.